terça-feira, 31 de março de 2015

Maior esmeralda do mundo descoberta em Pindobaçu é alvo de disputa internacional

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O governo brasileiro entrou em uma longa briga judicial nos Estados Unidos para reivindicar a propriedade da maior esmeralda já encontrada no planeta. A pedra bruta de 381 quilos é avaliada em 372 milhões de dólares (aproximadamente R$ 1,2 bilhão) e foi tirada de uma mina na Bahia em 2001. Desde então, ela foi protagonista de disputas entre investidores ambiciosos, desapareceu no furacão Katrina e foi roubada de um cofre.
Após a descoberta em 2001, a gema foi transportada para São Paulo e passou por várias mãos nos anos seguintes. Oito pessoas diferentes já reivindicaram a propriedade da pedra preciosa, e nesta semana uma corte de Los Angeles, na Califórnia, irá ouvir as partes envolvidas no processo para definir com quem ela ficará.
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Segundo o jornal Los Angeles Times, a pedra foi levada em 2005 para Anthony Thomas, um empresário na Califórnia que conhecia os mineradores. Ele então a transportou para Nova Orleans, Estado norte-americano que foi devastado pelo furacão Katrina naquela época. Após ser recuperada, a esmeralda acabou caindo nas mãos de um investidor chamado Larry Biegler, que tempos depois reportou à polícia o desaparecimento da pedra de um cofre em Los Angeles. As investigações levaram a um outro cofre, localizado na cidade de Las Vegas, sob a responsabilidade dos empresários Kit Morrison e Todd Armstrong.
O advogado de Morrison, Andrew Spielberger, disse que os dois empresários pagaram a Biegler uma soma de sete dígitos pela pedra, sem revelar o valor exato. As investigações da polícia não chegaram a uma conclusão sobre quem era o proprietário da esmeralda, então ela foi confiscada e está escondida em algum lugar de Los Angeles.
O governo brasileiro entrou na disputa pela preciosidade em setembro de 2014, dizendo que os outros argumentos de posse são irrelevantes. Segundo o advogado que representa o País em Los Angeles, John Nadolenco, a esmeralda foi extraída e exportada ilegalmente. Se ela for recuperada, a intenção é levá-la para o Museu da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e colocá-la em exposição devido ao seu imenso valor cultural e científico.
A outra parte que restou no processo é um grupo liderado por Morrison, e seu advogado diz que o Brasil demorou demais para reivindicar a propriedade da esmeralda. “Meu cliente não comprou a pedra para deixá-la no porão. Se o Brasil está interessado em comprá-la para deixá-la exposta, nós vemos valor nisso”, disse o advogado ao Los Angeles Times.
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