sexta-feira, 24 de abril de 2015

JANAÚBA - Crise Hospitalar - Có-gestão para salvar os hospitais do Norte de Minas


A crise dos hospitais microrregionais de Bocaiuva, Brasília de Minas, Coração de Jesus, Francisco Sá, Grão Mogol, Janaúba, Januária, Pirapora, Salinas, São Francisco e Taiobeiras, que acumulam prejuízo mensal de aproximadamente R$ 200 mil cada, serão discutidos hoje, em Montes Claros, durante reunião da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, às 14 horas, no auditório da Câmara Municipal. No mês de janeiro o Estado já tinha realizado o mesmo diagnóstico com esses hospitais. Na mesma reunião, a Comissão de Saúde discutirá os impactos da judicialização da saúde na rede hospitalar. Montes Claros gasta aproximadamente R$ 1 milhão por ano.
Os hospitais microrregionais atendem casos de média e alta complexidades, mas estão saturados com os baixos valores pagos pelo SUS. Se paralisarem o atendimento, sobrecarregarão a rede hospitalar de Montes Claros, que já sofrem com a falta de leitos principalmente de CTI e de alta complexidade. No ano passado, o Estado chegou a propor uma parceria de co-gestão de alguns hospitais microrregionais, como de Bocaiuva, Brasília de Minas, Francisco Sá e Januária com a Santa Casa de Montes Claros e Hospital Dílson Godinho. Porém, com a mudança de Governo, o assunto voltou a estaca zero.
O projeto de co-gestão permitiria que os leitos dos hospitais microrregionais fossem utilizados para receber os pacientes tratados em Montes Claros. A Santa Casa de Montes Claros tinha aberto a negociação com os hospitais de Brasília de Minas e Francisco Sá. No primeiro, a Câmara Municipal reprovou o projeto apresentado pela Prefeitura. Em Francisco Sá, os vereadores aprovaram o projeto, mas as negociações estão suspensas. Na cidade de Francisco Sá, o Hospital Dílson Godinho negociava a implantação de serviços de alta complexidade, como nefrologia, leitos de CTI e serviços de oncologia.
O deputado Arlen Santiago salienta que a Comissão de Saúde pretende conhecer a realidade dos hospitais do interior e por isso, a ideia é fazer um diagnóstico desses hospitais, ouvindo a população e depois, elaborando o documento final, que será referência sobre a realidade da saúde no interior. Foram convidados o secretário estadual de saúde, Fausto Pereira dos Santos, o chefe da Divisão de Convênios e Gestão do Ministério da Saúde em Minas Gerais, Alencar Tadeu Winter, além do juiz Richardson Brant e o promotor Flávio Lopes Pinheiro e os gestores municipais de saúde.
CARTÓRIO DE SÃO FRANCISCO
Hoje, em Belo Horizonte, a Comissão de Administração Pública da Assembléia Legislativa promove reunião às 14 horas para discutir as denúncias de irregularidades no registro de pessoas jurídicas no Cartório de São Francisco, as impedindo de receber recursos públicos. O curioso é que a reunião deveria ocorrer na cidade de São Francisco, mas o deputado João Alberto propôs que fosse na capital mineira.
O deputado informa que o prefeito Luiz Rocha Neto, de São Francisco, acusa o Cartório de Registro de Títulos e Documentos das Pessoas Jurídicas da cidade de ter cometido em 2013, irregularidades no cadastro de pessoas jurídicas, afetando 300 instituições, que ficam impedidas de receber recursos públicos, alterar estatuto, compor ou alterar diretoria e realizar qualquer modificação estatutária. Os impactos afetaram além de São Francisco, também Pintópolis e Icaraí de Minas.
Jornal Gazeta

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