segunda-feira, 28 de julho de 2014

Promotor de Justiça Felipe Caires é inocentado


O promotor de justiça Felipe Caires foi inocentado da emboscada que os viciosos do dinheiro público armaram contra ele, para tentar intimidá-lo, por ser um incansável combatente na caça dos corruptos e um batalhador intransigente contra a corrupção. Em setembro passado, a jornalista Gabriela Sales, do jornal Hoje em Dia, publicou reportagem em que colocava palavras na boca do promotor sem que ele as tivesse dito, ferindo a honra do desembargador Doorgal Andrada. O desembargador, é claro, partiu para o contra-ataque com ação criminal por calúnia. Houve a defesa por parte de Felipe Caires e comprovou-se que o jornal e a jornalista erraram, e eles aceitaram acordo para retificar a notícia infundada e ainda pagar indenização de 10 mil reais, dinheiro que foi revertido para duas instituições filantrópicas.
Em setembro do ano passado, ocorreu entrevista coletiva no Ministério Público com intuito de divulgar decisão do Supremo Tribunal de Justiça de revalidar provas levantadas pelo MP na Operação Laranja com Pequi, que apurava desvios de verbas da merenda das escolas municipais. Antes, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais havia anulado as provas, o que foi revertido pelo STJ. Áudio da entrevista coletiva, analisado até por peritos do Instituto de Perícias Brina Vidal, e outras matérias jornalistas publicadas por outros veículos de comunicação comprovaram que ninguém afirmou “a jornal de BH o que acabou sendo publicado a respeito do desembargador”.
ANÁLISE - O que era para ser uma bomba contra o promotor Felipe Caires virou um inocente busca-pé, menos que um traque. Muita gente graúda, inconformada com as operações deflagradas de combate à corrupção pelo Ministério Público, Polícia Federal e outros órgãos de controle no Norte de Minas, ficou entristecida com a desistência do processo, pois torcia para encontrar algo que maculasse a integridade de delegados, promotores e procuradores da região. Alguns até alardearam, triunfantes, o fato de um promotor de Justiça da região ter sido acusado de calúnia por um desembargador. Outros chegaram até a custear, em janeiro deste ano, informe publicitário anônimo (matéria paga) divulgando o fato, que de maneira sensacionalista chamaram de "bomba". Agora que o próprio desembargador desistiu do processo, vão ter que se contentar com os traques das festas juninas. Bomba mesmo, garantem promotores, procuradores e delegados da região, “só na próxima operação contra a corrupção no Norte de Minas”.
FIRME - A ordem comum no Ministério Público, Polícia Federal e em outros mecanismos de controle na região é o de não mais adotar o silêncio diante dos ataques infundados. “O trabalho é sério, honesto, correto, não tem tonalidade ou intenção de perseguição, nada disso. Não é esse o papel. O papel é apurar e, se for o caso, tomar as providências, nada mais,” disse um promotor.
Com informação do jornalista Benedito Said

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