Candidato Eduardo Tavares fala sobre sua
candidatura (Foto: Natália Souza/G1)
O candidato ao governo do estado pela coligação Um Novo Jeito de Fazer, Eduardo Tavares (PSDB), foi entrevistado na manhã desta terça-feira (15) durante sabatina realizada pela Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Alagoas (Fecomércio). Ele destacou os planos de gestão e apontou a violência como o "mal do século", disse que ela está ligada à corrupção e que vai trabalhar para conter ambos os problemas simultanemente.
Eduardo Tavares foi o terceiro postulante ao Executivo a participar da série de entrevistas da Fecomércio, seguindo a ordem definida em sorteio na presença dos candidatos que confirmaram presença. A sabatina acontece até a próxima quarta-feira (16), no auditório do Senac, em Maceió.
Como estava previsto nas regras da federação, o candidato respondeu a cinco perguntas sorteadas em um universo de 25 questionamentos elaborados pelo Instituto de Pesquisa da Fecomércio e depois a palavra foi aberta ao público presente no auditório do Senac.
A primeira pergunta sorteada, que tratava do tema economia, questionava Tavares sobre qual a importância dos microempreendedores e que tratamento eles terão no governo dele, caso eleito, o candidato afirmou que é preciso combater o mercado informal e incentivar o microempreendedorismo. “Nesses últimos sete anos, demos um pulo de 7 mil para 80 mil pequenas empresas em Alagoas. Precisamos simplificar mais ainda a abertura dessas microempresas para que possamos alcançar um certo status econômico. Precisamos fomentar o comércio, a indústria, mas precisamos fazer isso no Sertão, no Semiárido, na Zona da Mata. Na minha gestão, olharemos isso com um olhar especializado”.
Tavares foi questionado ainda sobre o crescimento econômico no estado de Alagoas e se ele acredita que houve uma dinâmica favorável ou não nos últimos anos. “Nos últimos sete anos sim, tivemos uma economia favorável, mas o estado de Alagoas passou os últimos 30 anos estagnado. Foi um estado vegetativo por falta de políticas públicas e de investimento. O gestor tem que ser verdadeiramente um gestor e não um político. Tem que saber lidar com as verbas públicas. Um estado só cresce com indústrias, com emprego, e investimentos em áreas importantes”, disse.
A Fecomércio o questionou também sobre como Tavares pretende fomentar os setores de Comércio, Serviços e da Construção Civil, que juntos são os maiores empregadores do estado e responsáveis por significativa fatia das receitas, mas que, no entanto, apresentam uma desaceleração na geração de empregos formais, independentemente de investimentos do governo ferderal. “Precisamos criar condições para que o comerciante que produz riqueza nessas atividades sejam incentivados. Nossa carga tributária é muito alta. É a maior carga tributária do planeta. Precisamos diminuir essa taxa tributária. É uma questão de gestão e visão”.
Sobre a crise que o setor industrial vem enfrentando no estado desde 2012 paralelamente à reestruturação tecnológica, que consequentemente levam à demissão de milhares de trabalhadores, a Fecomércio questionou como Tavares observa esse problema e quais propostas ele possui para retomar o crescimento industrial com a geração de empregos.
“Temos que pensar na produção agrícola familiar. Precisamos usar a tecnologia da informação. Temos que aproveitar essa área importante da informática, temos que dar muito apoio, prender o homem ao campo, conseguir que ele produza mais do que ele produzia nas usinas. Uma questão mais uma vez de gestão, voltada ao desenvolvimento econômico com responsabilidade. Desenvolvimento humano, é assim que trataremos essa questão na minha gestão. Trabalharemos nas bases. Investiremos em pessoas preparadas para todos os tipos de trabalhos”, respondeu.
A Fecomércio também perguntou quais propostas estão no programa de governo do candidato para combater a violência e garantir a segurança pública à sociedade alagoana. De acordo com Tavares, é preciso investir em políticas públicas primárias.
"Temos hoje no mundo dois grandes males, o mal da corrupção, grande mal do século, e o segundo é o mal da violência, que estão atrelados um ao outro. Violência se combate com políticas publicas primárias. O estado de Alagoas deixou de fazer o dever de casa há muito tempo, há 30 anos. Deixamos de ter ensino de qualidade, deixamos de ter ensino integral que prepara o aluno para a vida e profissionalização futura. Esse é um dos fatores que têm contribuído para o crescimento da violência. Outro fator é a chamada droga. Para cada 120 homens que morrem no Brasil, 80 morrem por causa do uso de drogas ou do tráfico. Investirei em políticas públicas primárias, polícia preparada quantitativamente e qualitativa e em polícia investigativa. O que está no nosso plano de governo é justamente isso. É possível sim conter esses números com o apoio de toda comunidade”, pontuou.
De acordo com o sorteio da Fecomércio, o próximo candidato a ser sabatinado ainda nesta terça é Golbery Lessa (PCB). Na próxima quarta-feira (16), será entrevistado o candidato do PMDB, Renan Filho. Benedito de Lira (PP) não comparecerá porque, segundo a assessoria de comunicação, tem compromissos em Brasília. Os demais candidatos não responderam ao convite da Fecomércio.
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