Você sabia que existem alimentos que podem diminuir o teor de cálcio de nosso corpo e provocar certas doenças? A hipocalcemia, como é chamada em termos médicos, não é apenas muito habitual depois dos quarenta anos, como também é resultado de uma alimentação com grande quantidade de alimentos descalcificantes.
Nesse artigo falaremos sobre quais alimentos são esses. Por isso, não deixe de conferi-lo até o final!
O que é a hipocalcemia e quais são as causas?
Trata-se de um desequilíbrio nos níveis de cálcio no sangue. Nos adultos, o valor normal dessa substância é de 4,5 e 5,5 mEq/litro. É muito importante consumir a quantidade adequada de cálcio para que os ossos e dentes sejam saudáveis, bem como para que os músculos e nervos funcionem corretamente.
É bom saber que os níveis normais são mantidos por meio do trabalho do hormônio chamado de paratiroidea, além do intestino e dos rins. A hipocalcemia pode ocorrer devido a fatores como:
- Falta de vitamina D;
- Insuficiência renal crônica;
- Déficit de magnésio;
- Alcoolismo;
- Certos tipos de leucemia ou transtornos no sangue;
- Tratamentos com bi-fosfatos, medicamentos para tratar a osteoporose;
- Medicamentos tais como diuréticos, insulina, laxantes, estrogênios ou glicose;
- Cafeína, refrigerantes;
Os sintomas mais frequentes da falta de cálcio no corpo são:
- Irritabilidade neuromuscular, ou seja, a função dos nervos e músculos é afetada por espasmos ou câimbras, tanto nas pernas como nos braços;
- Adormecimento ou coceira nos dedos das mãos e inclusive temores;
- Depressão ou irritabilidade;
- Confusão, desorientação;
- Palpitações;
- Aumento da frequência urinária, dor ao urinar;
- Perda de peso sem que exista uma dieta ou a prática de exercícios;
- Falta de ar, dor no peito;
- Inflamação nos lábios;
- Náuseas, incapacidade de comer;
- Diarreias que não melhoram antes de dois dias.
Quais alimentos são descalcificantes?
Para manter uma boa saúde dos ossos é preciso conhecer os alimentos que ajudam o organismo a absorver cálcio ou que, ao contrário, fazem com que esse elemento seja eliminado:
- Proteínas animais: em uma alimentação onde predominem carne vermelha, aves e ovos é comum ocorrer acidose metabólica, que é um desequilíbrio no corpo capaz de aumentar a eliminação do cálcio presente no sangue;
- Sódio: comer com muito sal aumenta a excreção de cálcio por meio da urina. Para evitar isso é preciso tentar consumir produtos sem sal adicionado, enlatados, tira-gostos salgados, comidas prontas e empanados, fast food, etc. É importante reduzir o consumo também no momento de preparar nossos pratos e inclusive não levar o saleiro para mesa na hora de comer. A quantidade adequada de sal que devemos consumir por dia é de até 2 miligramas.
- Cigarro: apesar de não entrar na categoria de alimentos, também está dentro dos descalcificantes mais importantes. Pessoas que fumam são mais propensas a perder cálcio, principalmente as mulheres com mais de quarenta anos, ou seja, que já passaram a fase da menopausa.
- Refrigerantes doces: bebidas de cola são muito prejudiciais para o corpo por inúmeras razões. Além do seu teor de açúcar e sua efervescência, possuem um alto teor de fósforo (em forma de ácido fosfórico). Esse mineral quando consumido em pouca quantidade é bom, porém, nos refrigerantes costuma causar efeitos contrários, pois ultrapassa o teor adequado, assim, acaba por favorecer, da mesma forma que a carne, a acidose.
- Álcool, café, produtos refinados (pão, arroz, farinha e açúcares brancos): eles favorecem a eliminação de minerais como o cálcio.
Os lácteos descalcificam os ossos?
Uma pesquisa da Universidade de Harvard eliminou os lácteos da famosa “pirâmide alimentar”. Os pesquisadores envolvidos chegaram a conclusão de que esses alimentos, ao contrário do que se acredita popularmente, não são idôneos para obter o cálcio que o organismo precisa.
O leite não é necessário para nosso organismo depois que passamos pela fase de lactação, pois provoca a acidificação do sangue, ou seja, rompe com o equilíbrio do ácido-base. Isso não é causado apenas pelos lácteos, como também pela carne, o estresse, a falta de atividade física, o pouco consumo de água, etc.
E, como já dito anteriormente, a acidificação é sinônimo de falta de cálcio no sangue. O corpo tenta equilibrar essa irregularidade com fósforo, e vai armazenando-o nos ossos (que são compostos basicamente por esses elementos). Ao consumirmos fósforo e regular o pH o cálcio vai sendo desfeito.
Assim, com o consumo regular de lácteos, o organismo descalcifica pouco a pouco os ossos para conseguir equilibrar o sangue. Dentre outras consequência do desequilíbrio do pH encontram-se: irritabilidade, falta de concentração, fatiga crônica, propensão a doenças, alergias ou infecções, etc.
Como controlar o consumo de alimentos descalcificantes?
Uma alimentação muito rica em alimentos que retiram o cálcio do organismo precisará, como contrapartida, de um consumo maior daqueles capazes de fornecer esse mineral. Desse modo, problemas de saúde associados ao déficit desse nutriente serão evitados.
O problema é que alimentos que “tiram” o cálcio oferecem fósforo, que é vital para o bom funcionamento cerebral, cardíaco, muscular, dos tecidos, ósseo, para o metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras e para obter energia.
O fósforo é indispensável na fase de crescimento e desenvolvimento das crianças, por isso é preciso buscar um equilíbrio, ou aumentar o consumo de alimentos que oferecem mais cálcio, como, por exemplo, os lácteos, as verduras de folhas verdes, o gergelim, as amêndoas, os figos secos, as uvas passas, os cítricos (laranja, limão, toranja), o quiuí, as amoras, as framboesas, o mamão, as cenouras, a couve, as ervilhas, a cebola, a alcachofra, o aipo, o nabo, o couve-flor e as algas.
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