quinta-feira, 6 de julho de 2017

MINISTRO FRUSTRA REGIÃO E DIZ QUE CANALIZAÇÃO DO GORUTUBA DEPENDE DE RESOLVER IMPASSE DA CODEVASF



O ministro Helder Barbalho, da Integração Nacional, frustrou as lideranças do Norte de Minas, ontem de manhã, em Montes Claros, quando ficou sem atender aos pleitos da região durante sua primeira visita na área mineira da Sudene. A expectativa era dele anunciar recursos para retomada das obras das Barragens de Berizal e Jequitaí ou mesmo início da Barragem de Congonhas, mas, com o argumento de crise financeira, e, ainda, da necessidade da região definir suas prioridades, ele deixou Montes Claros às 14 horas. O ministro veio acompanhado de sete deputados federais, inclusive um do Piauí, que é coordenador da bancada do Nordeste.
Uma estratégia errada colocou o ministro em situação difícil: na primeira parte, ele assinou convênios  e liberou equipamentos na sede da Codevasf em Montes Claros. Na reunião com os prefeitos e demais lideranças, na sede da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene não tinha nada a anunciar. Cada deputado apresentou suas demandas, com ênfase na situação do canal do rio Gorutuba, que corre risco de paralisar suas atividades e provocar a demissão de 10 mil pessoas. O presidente da AMAMS, José Reis Nogueira Barros, apresentou muitas demandas, como a recuperação do canal do Projeto Jaíba, de R$5 milhões e os recursos para as obras das barragens de Berizal, Congonhas e Jequitaí.
No final do seu discurso de 21min15seg, na reunião da AMAMS, o ministro Helder Barbalho anunciou que o secretário nacional de Defesa Civil, Renato Newton estará à disposição dos prefeitos para discutir as ações de assistência aos flagelados da seca, seja com os caminhões-pipas ou outras ações na área de defesa civil. O ministro lembrou a Barragem de Berizal recebeu R$ 100 milhões e depende de mais R$ 300 milhões; de Jequitaí, recebeu R$ 156 milhões e recentemente liberou mais R$ 19 milhões, enquanto são necessários mais R$ 300 milhões para a obra. A Barragem de Congonhas já recebeu R$ 20 milhões de projetos e são necessários mais R$ 200 milhões. Afirmou que depois do Norte de Minas definir as suas prioridades, repasse as demandas a ele, que buscará inserir verbas no orçamento, com apoio da Bancada Mineira.
A restauração do canal do rio Gorutuba, que já recebeu R$ 22 milhões, segundo o ministro, dependia de resolver um impasse entre a Codevasf e a  empresa contratada e, para isso, seria realizada reunião ainda ontem em Brasília. Se for necessário, o contrato será rescindido e aberta nova licitação, para, em agosto, retomar as obras. Helder barbalho ainda citou o apoio para ampliação da área mineira da Sudene, em projeto que tramita na Câmara de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, assim como defendeu a ampliação dos recursos constitucionais no Norte de Minas e Norte do país.
PEDIDOS – O presidente da AMAMS, José Reis Nogueira Barros,  citou que a seca deixou um prejuízo de 90% das perdas e de um milhão de cabeças de gado e o grave é que o Norte de Minas vive a dualidade de não receber ajuda da Sudene e nem de Minas Gerais e que apenas 23 municípios estão sendo atendidos com a Operação Pipa. Pediu que a criação do Programa Permanente de Convivência com a Seca e ainda a reativação da Sudene em Minas Gerais, que nesse momento pode funcionar na sede da AMAMS, além da doação de uma perfuratriz para a AMAMS ajudar a garantir água para os flagelados da seca.
 http://www.gazetanortemineira.com.br/noticias/cidade/ministro-frustra-norte-de-minas-sem-anunciar-obras

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