domingo, 8 de julho de 2018

26 pessoas são denunciadas por fraude milionária em operadora de plano de saúde pelo MPMG

26 pessoas, entre médicos, advogados, comerciantes e usuários de plano de saúde, pelos crimes de  estelionato, organização criminosa, fraude processual e falsificação de documentos, pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

De acordo com a denúncia, eles se uniram para enganar uma operadora de plano de saúde por meio de notas fiscais e laudos médicos falsos, de ajuizamento de ações fraudulentas e de aliciamento de laranjas.

Os crimes teriam ocorrido entre 2016 e 2017, na qual a organização criminosa teria atuado em várias frentes: atraindo usuários do plano de saúde, conseguindo prescrição de remédios, abrindo empresas de medicamento de fachada e promovendo fraude processual. Segundo as investigações, os advogados participavam do esquema ajuizando ações contra a operadora pedindo o reembolso por uma suposta compra de medicamentos importados de alto custo, prescritos pelos médicos a falsos pacientes de hepatite C.

As investigações apontam que os pacientes, conveniados do plano de saúde, aceitavam passar seus documentos aos advogados para o ajuizamento das ações e em troca recebiam parte do valor reembolsado. Da mesma forma eram feitos com ‘os laranjas’.

O MPMG apurou que os médicos, sem exame clínico ou laboratorial, emitiam laudos falsos de hepatite C aos usuários do plano de saúde. A partir dos laudos, prescreviam remédios de alto custo sem avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

O que levantou a suspeita foram os laudos que possuíam formatação de redação, embora fossem utilizados por médicos e advogados diferentes, em processos distintos.

“Os membros da organização criminosa se davam ao trabalho de simplesmente alterar os nomes dos falsos pacientes e, em alguns casos, os timbres dos escritórios e hospitais utilizados”, diz trecho da denúncia. De acordo com o MPMG, as ações judiciais fraudulentas, além ocasionaram prejuízo ao plano de saúde, induziram os magistrados de São Paulo ao erro, uma vez que eram usadas notas fiscais e laudos médicos falsos. 

Para que não fossem descobertos, os envolvidos realizavam a ação em Belo Horizonte, mas elas eram propostas em São Paulo, dificultando possíveis investigações. 

Só entre dezembro de 2016 e outubro de 2017, as investigações apontam que o grupo teria causado um prejuízo ao plano de saúde de pelo menos R$ 3,3 milhões. Há indícios ainda de que outras operadoras foram lesadas.

http://webterra.com.br/noticia/17054/-26-pessoas-sao-denunciadas-por-fraude-milionaria-em-operadora-de-plano-de-saude-pelo-mpmg

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