segunda-feira, 9 de julho de 2018

Teste de vacina contra HIV tem bons resultados


08/07/2018 10:00 
Teste de vacina contra HIV tem bons resultados
Foto: Reprodução
Uma nova candidata a vacina preventiva contra o HIV teve resposta imunológica - foi tolerada e causou reação no organismo - em humanos e em macacos. No caso dos animais, o potencial imunizante também garantiu o bloqueio do vírus. Esses resultados são de uma pesquisa, feita por um grupo de diversas instituições americanas, publicada ontem na revista científica The Lancet. Mais de 30 anos após a identificação do vírus HIV, os cientistas ainda trabalham no desenvolvimento de uma vacina preventiva que possa acabar de vez com a epidemia que infecta cerca de 2 milhões de pessoas a cada ano. Nesse estudo, um grupo de cientistas avaliou a ação de uma série de regimes vacinais para a prevenção do HIV em voluntários humanos de cinco países. Paralelamente, outra equipe testou a mesma vacina em macacos Rhesus para descobrir se ela seria capaz de proteger os animais da infecção pelo vírus. Os resultados mostraram que a vacina induziu resposta imunológica robusta tanto nos humanos como nos macacos. Além disso, os macacos ficaram parcialmente imunes à infecção pelo HIV. "Nos animais, a vacina deu cerca de 67% de proteção contra o vírus", disse o coordenador do estudo, Dan Barouch, do Centro Médico Beth Israel Deaconess (EUA). Segundo ele, candidatas a vacinas contra o HIV propostas anteriormente eram limitadas a regiões específicas do mundo. O novo imunizante é de um tipo conhecido como vacina mosaico, que contém diferentes sequências genéticas de diversas linhagens diferentes do HIV. Esse tipo de imunizante, segundo o pesquisador, tem o objetivo de fornecer ampla proteção contra as diferentes cepas do HIV, que são prevalentes em todo o planeta.Os ensaios incluíram testes de cinco diferentes regimes de aplicação da vacina Ad26/Env para avaliar sua segurança e tolerância, além da capacidade de disparar respostas imunológicas em 393 voluntários adultos e saudáveis. Essas pessoas eram de Ruanda, África do Sul, Tailândia, Uganda e Estados Unidos. (TRBN)

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