Preventiva. Maurílio Arruda teve a prisão preventiva decretada e permanecerá na Nelson Hungria |
(Por RAQUEL AYRES) Inusitado. Na página 1.180 do dicionário, o verbete é sinônimo de incomum, não usual. Na prática, pode-se considerar como exemplo o fato de dois ex-prefeitos da mesma região, Norte de Minas, estarem presos na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Warmillon Fonseca Braga (DEM), ex-prefeito de Pirapora, preso desde julho do ano passado, e o ex-prefeito de Januária Maurílio Arruda (PTC). que teve nessa quarta sua prisão temporária convertida em preventiva. “A intenção é evitar que Arruda atrapalhe a coleta de provas ou até mesmo fuja”, explica o promotor de Januária, responsável do caso, Franklin Reginato.
Maurílio Arruda foi preso pela Polícia Federal pela primeira vez em setembro de 2013, durante a operação Esopo, por suspeita de fraudes em licitações públicas. De acordo com as investigações, os prejuízos para os cofres públicos chegaram a R$ 416 mil. Nove meses depois, foi preso novamente durante a operação Exterminadores do Futuro. O nome é bastante apropriado uma vez que a quadrilha da qual o Maurílio é suspeito de fazer parte teria se apropriado de pelo menos R$ 579 mil, destinados à construção e reforma de escolas da área rural.
A cidade de Januária sofre de forma crônica com a corrupção: nos últimos nove anos teve oito prefeitos.
Já Warmillon Fonseca Braga, preso preventivamente desde 2013, foi condenado por apropriação indébita e fraude. Ele desviou cerca de R$ 11 milhões referentes a serviços pagos e não realizados.
Warmillon e Maurílio, de acordo com a assessora de imprensa da Secretaria de Defesa Social (Seds), tomam sol no mesmo horário, durante duas horas.
Foragido
Na mira. O ex-secretário de Educação de Januária Alexandre Sá Rego também está envolvido em denúncias de corrupção. No entanto, ele está foragido desde o ano passado e é procurado pela polícia.
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