quarta-feira, 11 de março de 2015

MST ocupa sede da Codevasf e cobra distribuição de água e assentamentos - Ocupação foi na sede do órgão em Montes Claros, no Norte de Minas. Manifestantes querem discutir os convênios entre o Incra e a Codevasf.

MST (Foto: Taislaine Antunes/G1)Integrantes do MST se reúnem na sede da Codevasf em Montes Claros (Foto: Taislaine Antunes/G1)
Cerca de 200  integrantes do Movimento Sem Terra ocuparam na tarde desta quarta-feira (11), a sede da  Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba (Codevasf) em  Montes Claros, no Norte de Minas. Eles reivindicam a criação de novos assentamentos e defendem mudanças na  reforma agrária.
Pela manhã, cerca de 400 representantes do MST interditaram a BR-251 para cobrar mais agilidade na reforma agrária, o direito a água e o desenvolvimento de novos assentamentos. Ester Hoffmann, coordenadora do movimento, diz que o encontro desta tarde visa a implantação de kits de irrigação.
“A manifestação da parte da manhã tinha como pauta geral a reforma agrária, pedindo uma agilização nos processos tanto de criação dos assentamentos e de estruturação dos assentamentos. Queremos discutir agora, os convênios realizado entre o Incra e a Codevasf para perfuração que vai possibilitar a distribuição de água nos assentamentos. Discutimos também a implantação dos kits de irrigação”, explica.
Ester conta que o assentamento de São Francisco não tem água encanada. “Questionamos a situação do assentamento do São Francisco, que existe há 12 anos e até hoje recebe água de um caminhão pipa”, diz.
As manifestações que estão sendo feitas em todo o país, também já foram realizadas em várias regiões de Minas Gerais. A coordenadora do movimento explica que esta é uma maneira de mostrar à população a situação que eles vivem e cobrar do governo mais providências.
MST (Foto: Taislaine Antunes/G1)
Manifestantes cobram desenvolvimento de
assentamentos e o direito a água
(Foto: Taislaine Antunes/G1)
“Hoje, o dia 11 de março é um dia de protestos, nós não estamos colocando somente pautas especificas, mas pauta geral que é a reforma agrária em todo o país. As manifestações foram feitas na região Norte, Sul, Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Centro-Oeste de Minas e Belo Horizonte. É preciso olhar para as famílias que estão acampadas há anos e a situação nunca melhora”, desabafa.
Ester Hoffmann afirma que a expectativa para o encontro é que traga soluções para os problemas enfrentados. "Esperamos sair com respostas mais concretas, quanto a prazos e a execuções dos convênios", encerra.

No fim da tarde desta quarta, o superintendente da Codevasf Dimas Rodrigues, recebeu os representantes do MST para discutir os temas levantados pelo movimento.

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