segunda-feira, 28 de novembro de 2016

“Ela prestou queixa teve proteção de 500m, mas todo dia ele ameaçava", diz vítima do duplo homicídio em SAJ


28/11/2016 13:25 
“Ela prestou queixa teve proteção de 500m, mas todo dia ele ameaçava", diz vítima do duplo homicídio em SAJ
O assassinato de Ana Lúcia Santos Ribeiros de 54 anos, mãe de Daniela Sabrina Ribeiro de 22 anos, abalou não so Santo Antônio de Jesus como toda a Bahia. Elas foram mortas por um homem conhecido popularmente como Edinho Pintor que já se encontra preso. No  último sábado (25), dia internacional de não a violência contra a mulher, Ana Célia, irmã de Ana Lúcia, foi entrevistada pela rádio Andaiá FM onde ressaltou que presenciou toda a cena e comenta detalhes do caso. De acordo com a irmã da vítima, ela também ia ser morta, mas a arma do suspeito falhou. Ressaltou ainda que em nenhum momento fingiu estar morta. “Ele bateu nas duas, pegou a criança no colo e disse que ia matar, mas na hora minha sobrinha acordou e foi defender a filha, mas ele deu um tiro na testa. Já minha irmã ouviu o barulho da polícia do lado de fora e levantou, ele deu o tiro fatal. Ele sempre dizia que ela ia sentir na pele o que ela fez com ele. Para mim isso é muito triste, mas pelo menos estou vendo que as pessoas estão se manifestando em busca de justiça. Foi uma tragédia o que aconteceu, é muito doloroso, elas vão ficar para sempre em meu coração, pois jamais vou esquecê-las, mas vou lutar para que a justiça seja feita”, declarou.
A vítima Ana Lúcia havia registrado as denúncias que o agressor realizava e  por decreto da justiça Edinho Pintor teria que ficar 500 metros de distância dela, “ela foi registrar uma queixa, e teve a proteção, mas todo dia ele ia lá ameaçar ela. Toda vez ela chamava a polícia, mas quando ele entrou naquele dia eu achei que estava sonhando, eu não acreditei. A gente ligava para a polícia, mas não adiantou”, disse. Ana Célia, após o ocorrido, fomenta as questões de segurança em casos de violência contra a mulher, “as pessoas que passam por isto devem denunciar, elas têm que lutar e prestar queixa, ir na delegacia. No momento eu não tenho medo, pois sei que o assassino está preso, e porque eu tenho Deus no meu coração, sempre ligamos para saber da situação dele. Se um dia essa violência contra a mulher vai acabar, só Deus sabe, mas tenho fé que isso acabará”, concluiu.
Redação Voz da Bahi

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