A Receita Federal deve começar um pente-fino nas contas das joalherias que venderam joias em dinheiro vivo ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Segundo informações do Fantástico, os investigadores também buscam informações sobre o destino de parte das 131 joias compradas: 40 foram apreendidas na casa de Cabral, 11 na casa do seu assessor, Carlos Miranda, e 80 não foram encontradas. A apuração inclui o cruzamento de dados para descobrir se as joalherias somente sonegaram impostos ou se foram coniventes com o esquema liderado pelo peemedebista. Ao todo, as joias somam quase R$ 7 milhões em espécie. Entre as peças, estão um anel de ouro 18 quilates com rubi, no valor de R$ 600 mil; um par de brincos de turmalina paraíba com diamantes, que custa R$ 612 mil; um conjunto com par de brincos de ouro amarelo com rubi e anel, no valor R$ 400 mil; um anel de ouro branco 18 quilates com esmeralda (R$ 324 mil) e um colar batizado como Blue Paradise (paraíso azul), que vale R$ 229 mil. Boa parte das joias foram adquiridas nas joalherias H.Stern e Antonio Bernardo, todas em dinheiro vivo e quase nenhuma com nota fiscal. As joalherias confirmaram ao MPF que não emitiram notas fiscais na data em que as joias foram compradas. Documentos obtidos pelo Fantástico comprovam que a H.Stern só emitiu as notas no dia 18 de novembro, um dia depois da prisão do ex-governador, referente a R$ 2 milhões em compras. A Antonio Bernardo não mostrou nenhuma nota fiscal até agora, o que levou os investigadores a uma das lojas, onde foram encontrados registros de compras de joias no valor de quase R$ 4 milhões, feitas em nome de um dos motoristas de Sérgio Cabral.
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