A advogada Fabiane Fernandez foi presa como coautora no latrocínio do empresário Fernando da Silva Mendonça, de 24 anos, na noite desta terça-feira (27). Uma testemunha afirmou à polícia que os criminosos invadiram o imóvel e a todo momento pediam por dinheiro. Momentos depois o empresário chegou à casa em uma caminhonete e foi abordado pelos criminosos. Como o empresário afirmou não ter dinheiro com ele, os autores atiraram várias vezes contra ele.
Os criminosos fugiram levando o carro da vítima. Durante buscas, a testemunha relatou que dois dos criminosos usavam capacetes durante a ação. O outro autor foi reconhecido como Sandro Felipe Rodrigues; um amigo de Fernando da Silva e que tinha costume de frequentar a casa da vítima. Diante das informações, a polícia chegou à esposa de Sandro, a advogada, que foi encaminhada à Delegacia de Plantão.
Segundo a advogada Cleane Rocha, que defende Fabiane Fernandez, ela prestou depoimento à Polícia Civil; ela optou por falar apenas em juízo. Fabiane foi levada para o Presídio Alvorada, onde, segundo a defesa, ela se encontra em uma cela com outras dez detentas. “Ela está muito tranquila. Nós vamos requerer a domiciliar uma vez que Montes Claros não possui Sala do Estado Maior; a advogados têm direito”.
O delegado regional, Jurandir Rodrigues, afirmou que mesmo não confessando a participação, a polícia encontrou provas suficientes que ligam a advogada Fabiane Fernandez ao crime. “As contradições que ela prestou à polícia, nas duas abordagens feitas; o fato dela ter sido encontrada, logo após o crime, na posse do veículo utilizado na prática do crime; e as mensagens de texto de um aplicativo que ela demonstra claramente ter conhecimento dos detalhes do crime. Este conjunto de provas demonstra a coautoria do crime”, explica.
A polícia encontrou no telefone celular da advogada conversas com outras duas pessoas por um aplicativo de mensagens. Para a polícia, uma destas pessoas é o esposo da advogada com o qual ela afirma na mensagem que deveriam ter executado também a testemunha. “E o neguinho cagueta, você devia ter matado o neguinho”, diz uma das mensagens.
“Além de demonstrar os detalhes do crime, percebe-se o caráter intimidatório e visando garantir a impunidade pela prática do crime ocorrido”, afirma o delegado regional.
http://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/2016/12/advogada-e-presa-como-coautora-em-latrocinio-em-montes-claros.html
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