Esta terça-feira, 18, será marcada pelo Dia Nacional de Luta Antimanicomial, e o Departamento de Saúde Mental (DSM) da Secretaria de Saúde (SS) propõe diversas atividades como lives, lançamento de websérie e vídeo temático. O tema definido para este ano é associado à pandemia da Covid-19: “Se isolados passamos a sofrer mais, imagina uma vida inteira em isolamento?”. A programação conta, ainda, com participação da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) e da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa). A live será no dia 18, terça-feira, às 19h, com transmissão no Facebook da Prefeitura.
A gerente do Departamento de Saúde Mental, Kíssila Teixeira Mendes, lembrou que o movimento antimanicomial é forte e Juiz de Fora sempre teve grande participação. A cidade se transformou em referência no fechamento de hospitais psiquiátricos e na criação de residências terapêuticas. Ela fala em avanços, principalmente nos últimos dez anos, mas ponderou que a lei 10.216 de 2001, responsável pela reforma psiquiátrica, até hoje não foi totalmente implantada.
Atualmente, a cidade não possui mais hospitais psiquiátricos e os pacientes são atendidos em residências terapêuticas. Kíssila, entretanto, esclarece que essa não é a realidade de todos os municípios e que a mentalidade brasileira ainda é manicomial. “Em Juiz de Fora estamos avançando, mas ainda faltam investimentos na rede de atenção psicossocial em várias cidades”, afirma Kissila. A manutenção do estigma em torno dos pacientes é outra dificuldade citada pela gerente.
Live com autor da reforma psiquiátrica
O ex-deputado federal Paulo Delgado, autor da lei 10.216 de 2001, estará na primeira live no Dia Nacional da Luta Antimanicomial, na qual vai abordar a situação atual e a evolução desde a aprovação da Lei.
O projeto da reforma psiquiátrica foi apresentado em 1989 e regulamentou os direitos das pessoas com transtornos mentais e extinguiu os manicômios no país. O movimento, que humanizou o atendimento, começou a ser organizado na década de 70 e hoje é encabeçado pela Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial. O movimento informou que ainda existem pelo menos 103 hospitais psiquiátricos em funcionamento no país.
Delgado lembra que nos anos 90, quando era parlamentar, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados montou uma caravana que percorreu o Brasil para conhecer manicômios e hospitais psiquiátricos. O grupo identificou a violência nesses estabelecimentos de saúde, o que gerou processo no Ministério Público, denuncia na Organização Mundial da Saúde e no Tribunal de Haia, principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas (ONU). Desde aquela época houve muitos avanços, mas ainda temos muito o que lutar por melhorias.
Websérie Morar em Liberdade - Retratos da Reforma Psiquiátrica será tema de live na quarta, dia 19
Na quarta-feira, às 15h, o debate será sobre a websérie: Morar em Liberdade - Retratos da Reforma Psiquiátrica, com a participação de Fernanda Severo, que é historiadora, pesquisadora e professora do Mestrado Profissional de Políticas Públicas em Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ela responde pelos trabalhos vinculados ao Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas.
Ao longo da semana também haverá o lançamento de um vídeo de conscientização preparado pela Funalfa, além de outras ações dos movimentos integrados à luta antimanicomial.
Foto: Pixabay
A gerente do Departamento de Saúde Mental, Kíssila Teixeira Mendes, lembrou que o movimento antimanicomial é forte e Juiz de Fora sempre teve grande participação. A cidade se transformou em referência no fechamento de hospitais psiquiátricos e na criação de residências terapêuticas. Ela fala em avanços, principalmente nos últimos dez anos, mas ponderou que a lei 10.216 de 2001, responsável pela reforma psiquiátrica, até hoje não foi totalmente implantada.
Atualmente, a cidade não possui mais hospitais psiquiátricos e os pacientes são atendidos em residências terapêuticas. Kíssila, entretanto, esclarece que essa não é a realidade de todos os municípios e que a mentalidade brasileira ainda é manicomial. “Em Juiz de Fora estamos avançando, mas ainda faltam investimentos na rede de atenção psicossocial em várias cidades”, afirma Kissila. A manutenção do estigma em torno dos pacientes é outra dificuldade citada pela gerente.
Live com autor da reforma psiquiátrica
O ex-deputado federal Paulo Delgado, autor da lei 10.216 de 2001, estará na primeira live no Dia Nacional da Luta Antimanicomial, na qual vai abordar a situação atual e a evolução desde a aprovação da Lei.
O projeto da reforma psiquiátrica foi apresentado em 1989 e regulamentou os direitos das pessoas com transtornos mentais e extinguiu os manicômios no país. O movimento, que humanizou o atendimento, começou a ser organizado na década de 70 e hoje é encabeçado pela Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial. O movimento informou que ainda existem pelo menos 103 hospitais psiquiátricos em funcionamento no país.
Delgado lembra que nos anos 90, quando era parlamentar, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados montou uma caravana que percorreu o Brasil para conhecer manicômios e hospitais psiquiátricos. O grupo identificou a violência nesses estabelecimentos de saúde, o que gerou processo no Ministério Público, denuncia na Organização Mundial da Saúde e no Tribunal de Haia, principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas (ONU). Desde aquela época houve muitos avanços, mas ainda temos muito o que lutar por melhorias.
Websérie Morar em Liberdade - Retratos da Reforma Psiquiátrica será tema de live na quarta, dia 19
Na quarta-feira, às 15h, o debate será sobre a websérie: Morar em Liberdade - Retratos da Reforma Psiquiátrica, com a participação de Fernanda Severo, que é historiadora, pesquisadora e professora do Mestrado Profissional de Políticas Públicas em Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ela responde pelos trabalhos vinculados ao Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas.
Ao longo da semana também haverá o lançamento de um vídeo de conscientização preparado pela Funalfa, além de outras ações dos movimentos integrados à luta antimanicomial.
Foto: Pixabay
http://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=70924
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