No dia 18 de maio, próxima terça-feira, é celebrado o dia da luta antimanicomial e a Nação da Música preparou uma playlist especial para a ocasião.
Com a pandemia da COVID-19, temos sentido na pele os efeitos do isolamento e do confinamento. Por décadas, essas eram as intervenções aplicadas nos grandes manicômios espalhados pelo mundo a pessoas em sofrimento mental, adicionadas a diversas outras práticas que violavam os direitos básicos dos pacientes.
As internações que duravam anos, às vezes vidas, estendiam-se também a usuários de drogas, mães solteiras, população LGBTQIA+, ativistas políticos, indigentes… A ideia era excluir todos aqueles que não se adequavam as normas da sociedade – Você pode assistir o documentário “Holocausto Brasileiro” de Daniela Arbex para maiores detalhes.
Muita luta foi necessária para a construção de um tratamento humanizado, em liberdade. Aqui no Brasil, uma rede de atenção psicossocial foi idealizada para os cuidados das pessoas em sofrimento mental. O dia 18 de maio, instituído no país, nos traz porém que, apesar de muito já ter mudado, temos ainda desafios diários para garantir o acesso a saúde e o respeito aos direitos daqueles em sofrimento.
No ano de 2020, Emicida lançou uma série na plataforma Youtube chamada “AmarElo Prisma”. Em um dos episódios, o artista aborda a importância do cuidado da saúde mental e a relação com as desigualdades cronificadas em nossa sociedade. Todos temos o direito de cuidar da nossa mente e devemos ter acesso as condições e serviços adequados!
O 18 de maio nos lembra: precisamos falar sobre saúde mental! Ações como as da cantora Demi Lovato, que frequentemente tem abordado os desafios enfrentados pelas pessoas em sofrimento mental, são essenciais para descontruir os preconceitos que ainda cercam essa problemática. A cantora lançou neste ano o documentário “Dancing With The Devil”, onde compartilha suas experiências.
“Enquanto você se esforça para ser um sujeito normal e fazer tudo igual…” Em sua trajetória na música, nosso grande Maluco Beleza, Raul Seixas, exalta o “ser o ponto fora da curva” e canta sobre o respeito às diferenças. Mesmo anos após seu falecimento, a obra de Raul segue inspirando muitos, inclusive o movimento da luta antimanicomial.
Nise da Silveira, que revolucionou o cuidado da saúde mental no Brasil já dizia que “o que cura é a falta de preconceito” e a parafraseando, terminamos esse post com a pergunta: você também não gosta do som da palavra “liberdade”? Ao final dessa publicação, você confere nossa playlist completa através do player do Spotify.
Caso este player não carregue, por favor, tente acessa-lo clicando aqui.
https://br.nacaodamusica.com/colunas/playlists/playlist-saude-mental-maio/
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