sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Montes Claros MG. Polícia Federal arquiva denúncia de Raquel Muniz Estratégia pretendia retirar delegado da investigação de irregularidades na APAS


Polícia Federal arquiva denúncia de Raquel Muniz
Estratégia pretendia retirar delegado da investigação de irregularidades na APAS
A direção geral da Polícia Federal arquivou as denúncias de irregularidades feitas pela deputada federal Raquel Muniz, do PSC, contra o delegado Marcelo Eduardo Freitas, chefe da Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros. O ato assinado pelo diretor geral, Leandro Daiello Coimbra considerou improcedente a representação formulada, depois de receber a defesa do delegado montes-clarense. Nos bastidores políticos, os rumores é que Raquel Muniz formulou a denúncia como forma de impedir que o delegado Marcelo Eduardo Freitas continuasse com as investigações sobre as irregularidades praticadas pelo Grupo Soebras/Funorte, que utilizou o CNPJ da Associação de Promoção e Ação Social (APAS), pertencente a Prefeitura.
Na representação que formulou em Brasília, usando a prerrogativa de deputada federal, Raquel Muniz alegou que o delegado Marcelo Eduardo Freitas gravou mensagem publicitária isentando a Santa Casa de Montes Claros de qualquer envolvimento no esquema de fraudes em órtese e prótese, que foi apurado pela Polícia Federal e culminou com as prisões de médicos, em operação realizada no dia 2 de junho. A deputada, através do ofício 0247, emitido pelo seu gabinete, alegou que foi veiculada publicidade nas emissoras de televisão, fazendo uso explícito da instituição Policia Federal e do cargo de delegado.
A Polícia Federal abriu sete investigações contra a deputada Raquel Muniz e o seu esposo, o prefeito Ruy Muniz, por vários casos em Montes Claros, inclusive no eleitoral de 2014, onde pediu medidas mais enérgicas contra a deputada, acusada de irregularidades eleitorais. Além disso, um levantamento realizado mostra que o casal responde a 154 processos na Justiça de Montes Claros, somente na comarca de Montes Claros e outros 54 processos somente na Justiça Federal, também, em Montes Claros. Se inseridos os processos trabalhistas, esse volume é, ainda, maior.
A representação da deputada Raquel Muniz contra o delegado Marcelo Eduardo Freitas gerou descontentamento a diversos assessores da Prefeitura, que consideram a medida radical. Porém, depois que foi descoberta a investigação da utilização do CNPJ da APAS para a compra dos equipamentos hospitalares da Soebras/Funorte na Alemanha, muitos entenderam o que a deputada queria com isso, levantar suspeição ao delegado e com isso, provocar seu afastamento da investigação.
Jornal Gazeta

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