Ao menos 12 cartórios extrajudiciais de São Paulo, Maranhão, Rio, Minas, Paraná, Tocantins, Bahia e Pará estão sob investigação por supostamente integrarem esquemas de falsificação de documentos para a entrada de estrangeiros no Brasil. A Polícia Federal deflagrou nesta semana a segunda fase da Operação Perfídia, que investiga cinco núcleos da organização criminosa, entre eles, o de agentes públicos, todos funcionários de cartórios. Segundo a PF, o Cartório de Registro de Imóveis de São Desidério teria envolvimento na prática de interposição de pessoas. A Perfídia identificou a movimentação de cifras bilionárias por um grupo investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsificação de documentos. A organização atuava em prol de interesses de estrangeiros que queriam se estabelecer e fazer investimentos imobiliários no Brasil. Uma das sedes da organização seria, conforme mostra um relatório da PF, uma fazenda adquirida em junho do ano passado em São Desidério no valor de R$ 68 milhões. De acordo com o relatório da Polícia Federal, o ‘núcleo duro’ da organização é liderado por Cláudia Chater – presa temporariamente -, e familiares. O doleiro Carlos Chater, primo de Cláudia e dono do Posto da Torre, conhecido como um dos primeiros alvos da Lava Jato é um dos alvos. A PF aponta a atuação de um grupo de pessoas que fornecem para Cláudia Chater ‘documentos necessários para emissão de passaporte brasileiro e/ou para outras finalidades ainda não bem delimitadas’. O ‘núcleo de agentes públicos’ é integrado por funcionários de cartórios, responsáveis pela emissão de registros civis, certidões de nascimento, e títulos de eleitor. (Metro1)
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