A Polícia Civil de Pirapora (MG) apresentou, nesta quarta-feira (25), Darlan Pereira de Oliveira, de 24 anos, que estava foragido da Justiça após cometer um homicídio e uma tentativa de homicídio em Brasília (DF). O crime aconteceu em dezembro de 2014, em Planaltina, na Estância V. Um adolescente de 17 anos foi morto a tiros e uma mulher de 18, que seria informante da polícia, ficou ferida e está tetraplégica.
O rapaz, que é natural de Pirapora, voltou para a cidade há dois meses, depois de ser ameaçado de morte no DF. Ele foi preso no Bairro Bom Jesus, na casa da irmã, de 28 anos. Além do homicídio e da tentativa, ele tem passagens por tráfico, roubo e porte ilegal de arma.
O delegado Jeferson Leal explica que a polícia teve informações de que Darlan estava cometendo crimes na cidade do Norte de Minas. Ao mesmo tempo, a Polícia Civil do Distrito Federal entrou em contato com a de Pirapora, informando que havia um mandado de prisão preventiva contra Darlan de Oliveira. O rapaz foi abordado quando saía de casa de bicicleta. Ele tentou fugir, mas foi preso.
“Depois de prendermos ele, vimos um carro na garagem da casa e pedimos para que a irmã dele fosse buscar as chaves, ela não queria ir de forma alguma. Quando decidiu atender ao nosso pedido, vimos o momento em que ela passava uma mochila para outra mulher, que tem 17 anos, e é namorada do rapaz”, conta Jeferson Leal.
Dentro da mochila havia 69 buchas e sete tabletes de maconha e 27 papelotes de cocaína. Como a polícia encontrou drogas, a irmã do rapaz e a namorada dele também foram detidas. As investigações apontam que os entorpecentes saíam de Goiás e a venda era feita na casa. Também foram apreendidos um computador, uma balança, dois tablets e 10 celulares.
O delegado ainda diz que o carro, com placa de Goiânia (GO), teve o chassi adulterado. A polícia investiga se o veículo também foi roubado.
Sobre os crimes em Brasília
O delegado regional João Otacílio Silva explica que o homicídio e tentativa de homicídio geraram uma enorme comoção em Brasília, inclusive com a realização de manifestações. Em um dos telefones apreendidos, e que seria de Darlan, a polícia encontrou um vídeo de uma manifestação feita pelos familiares e amigos do rapaz morto em 17 de dezembro. Ele afirmou que recebeu a filmagem por uma rede social
“Os crimes foram amplamente divulgados na imprensa e geraram grande repercussão, pois uma das vítimas baleadas morreu [menor de 17 anos] e a outra, que seria informante da polícia [mulher de 18], ficou tetraplégica, após ser atingida pelos tiros”.
Durante a apresentação, Darlan de Oliveira explicou como cometeu os crimes. “Eu vi ela na rua e segui os dois, em seguida ela se encontrou com o namorado, eles desceram, mas ela olhou para trás e viu a arma, foi quando eu atirei três vezes, dois tiros pegaram nela e um nele”, fala. Quando questionado sobre o porquê de tentar a moça, ele disse que ela era informante da polícia.
Crimes
Como a Polícia Civil encontrou drogas na casa onde Darlan e a irmã estavam, eles foram autuados por tráfico e associação criminosa. Além disso, pelo fato de haver uma menor envolvida, eles também podem responder por corrupção de menores. Por enquanto os dois permanecem presos em Pirapora. Mas como os crimes de maior gravidade cometidos por Darlan ocorreram no DF, ele pode ser transferido para a capital federal.
A menor de idade foi ouvida na delegacia e já foi liberada. Ela morava em Brasília com Darlan de Oliveira. A polícia ainda investiga se a adolescente já foi detida anteriormente.
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