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A feliz condição geográfica de estar pendurada no barranco do Rio São Francisco empresta à pequena Manga, no extremo Norte de Minas, a tranquilidade de não temer, no horizonte do médio prazo, os efeitos da longa estiagem que assola o semiárido brasileiro. Sem ameaça da falta d’água, a Prefeitura local marcou para o dia 28 de abril a concorrência pública para a escolha da empresa responsável pelas obras de modernização e ampliação do sistema de abastecimento da cidade. A empreitada está orçada em R$ 5,3 milhões e conta com recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), conforme este Em Tempo Real antecipou aqui em texto recente.
A licitação vai considerar a oferta do menor preço global de empresa que provar a capacidade de execução dos serviços, que preveem a substituição da antiga tubulação com canos de amianto (substância condenada por seu efeito tóxico ao contato humano), além da implantação da oferta da água tratada em bairros da periferia da cidade.
Trata-se do segundo e importante investimento do governo federal na infraestrutura de água e esgoto da cidade, que está prestes a concluir as obras do seu sistema de esgotamento sanitário, como parte do projeto de revitalização da bacia do rio São Francisco. Iniciada há pouco mais de dois anos, o sistema inclui ainda a entrega de estação de tratamento de esgoto (ETE), com custos previstos de R$ 14,4 milhões.
O anúncio da nova licitação para obras no município, a oitava em menos de uma semana, indica para o que pode ser o fim do período de paralisia administrativa que marcou a primeira metade do mantado do atual prefeito, Anastácio Guedes (PT). Too de empréstimo o famoso sussurro de Galileo Galilei ante a inquisição, para dizer que a primeira gestão petista em Manga custou a achar o prumo, mas, ora vejam, 'Eppur si muove!'. E no entanto se move... Resta saber se a tempo de salvar a lavoura da reeleição.
Estigma embaixo do chão...
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