domingo, 28 de fevereiro de 2016

Ruy Muniz volta a atacar o Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita Federal de formar força-tarefa para destruí-lo

Provocações


Ruy Muniz fez declarações durante coletiva de imprensa 
O prefeito de Montes Claros Ruy Muniz voltou a acusar o Ministério Público, a Polícia Federal e a Receita Federal de estarem envolvidos em uma força-tarefa para destruí-lo. As declarações foram feitas em uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (26). O presidente da Sociedade Educativa do Brasil (Soebras) criticou que os equipamentos comprados para o Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro tenham sido retidos e doados ao Hospital Universitário da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
O Hospital das Clínicas foi construído e é mantido pela Soebras. O prefeito e a deputada federal Raquel Muniz, esposa dele, são acusados pela Receita Federal de comprar os equipamentos médicos avaliados em R$ 9 milhões para promoção social. Segundo Ruy, a acusação é fruto de uma perseguição contra ele, que começou em 18 de junho de 2015, depois da operação Desiderato .
“Antes de junho de 2015, meu mandato não havia recebido nenhum processo. Depois da operação [Desiderato], em que acusei os gestores dos hospitais de estarem envolvidos em corrupção e que os médicos acusados não poderiam pagar pelos crimes sozinhos, a perseguição destes órgãos contra mim começou”, diz o prefeito.
Os materiais clínicos envolvem respiradores, monitores, mesas de anestesia, todos projetados para o HC e comprados na Europa. Ruy e Raquel também são acusados de formação de quadrilha, evasão de divisas e interposição fraudulenta. O prefeito alega que as acusações são descabidas, uma vez que o pagamento pelos recursos médicos não foi feito, e que a empresa alemã deu a confirmação do não recebimento.
Ruy e Raquel acusam o delegado Gilmar Silva, responsável pelo caso, de uso indevido das funções e parcialidade. “O delegado cometeu improbidade apreendendo estes equipamentos de maneira ilegal. É do conhecimento dele que a Soebras não efetuou pagamento nenhum pelos equipamentos, pois o ato seria feito quando fossem nacionalizados; ao chegar ao Porto de Santos, eles foram retidos”, conta.
O prefeito ainda acusou os hospitais de Montes Claros que vivem do SUS de superfaturamento. Segundo ele, os repasses recebidos da esfera pública teriam de ser suficientes para que os atendimentos fossem feitos com qualidade.
“Se o HC estivesse funcionando da maneira devida, já com os equipamentos instalados, eu mostraria aos gestores dos outros hospitais o quanto eles estão sendo corruptos e incompetentes. As verbas são muito altas para que as pessoas continuem morrendo nas filas dos hospitais”, diz.
A secretária de saúde da Prefeitura de Montes Claros, Ana Paula Nascimento, garante que, em nota, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) comprovou que o órgão tem mais recursos aplicados do que recebidos. “Já está provado que não há improbidade ou corrupção no HC. A preocupação agora é o que vai ser feito com os materiais comprados. O equipamento, por si só, não vai resolver a situação do HU, uma vez que nem leitos o suficiente para receber toda a carga o hospital tem. A saúde de Montes Claros já foi diagnosticada. Estamos com o HC pronto para ser prestador de serviços, para solucionar as demandas que trazem sofrimento para população, mas ao invés de apoio, as forças estão se unindo para entravar”, afirma.
O procurador do caso, André Vasconselos, afirmou que o Ministério Público Federal refuta todas as acusações do prefeito e alega que as provas estão nos autos processuais.
Com G1 Grande Minas

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