A relação entre repórteres e seus entrevistados é protegida pelo sigilo de fonte, previsto na Constituição Federal. Ainda assim, a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, permitiu que a Polícia Federal (PF) acessasse “documentos físicos” que indicassem relacionamento de Maurício Ferro, genro de Emílio Odebrecht e ex-executivo da empreiteira, com “jornalistas e veículos de imprensa”.
A corporação tentou obter os dados em uma operação de busca e apreensão, mas chegou tarde demais. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a apreensão não ocorreu porque, quando os mandados foram expedidos, Ferro já havia sido preso em outra operação e sua casa já havia sido vasculhada.
De acordo com a publicação, a PF justificou o pedido afirmando que há indícios de tentativa de obstrução das investigações envolvendo a empresa e a imprensa. Como exemplo, eles relatam um suposto conselho recebido pelo ex-presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, para que ele divulgasse a jornalistas que a Suíça estaria repassando documentos aos investigadores brasileiros. A PF argumenta que isso seria feito “de modo a transparecer que teria ocorrido violação do sigilo das informações” por agente público, o que atrapalharia as investigações. (Bahia Notícias)
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