Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em lojas de autopeças — Foto: Receita Estadual/ Divulgação
A prefeitura de Coração de Jesus, no Norte de Minas, está sendo investigada por fraude na compra peças automotivas. Segundo as investigações, em alguns casos houve superfaturamento acima de 1.000% no fornecimento de peças.
A operação Lata Velha foi realizada pela Receita Estadual, Ministério Público e Polícia Militar, na manhã desta sexta-feira (30), foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em quatro lojas de autopeças e nas casas dos administradores dos comércios, em Montes Claros.
Segundo a Receita, as investigações começaram a partir de um trabalho da Câmara Municipal que instalou comissão especial para investigar os gastos do município com a manutenção dos veículos da sua frota. Foi instaurado um procedimento investigatório criminal e a comissão constatou o superfaturamento, em alguns casos, superior a 1.000% no fornecimento de peças, em relação ao preço de mercado.
A Receita informou ainda que além de adquirir mercadorias com preços superfaturados, a prefeitura também comprou produtos que não foram entregues e peças usadas como se fossem novas.
"Nossa investigação chegou a identificar que na relação de vendas para a prefeitura existia a emissão de notas fiscais de baterias para um mesmo veículo em períodos menores que o prazo de garantia do produto, dado pelo fabricante”, afirmou Gilmar Barbosa, Delegado Fiscal da Receita Estadual em Montes Claros.
Segundo a Receita, o objetivo da ação é reunir provas sobre esquema de sonegação fiscal e possíveis prejuízos causados por empresas do setor de autopeças, a partir da aquisição e venda de mercadorias sem documentação fiscal.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos documentos que serão analisados pela Receita e Ministério Público.
Por telefone, o prefeito de Coração de Jesus, Robson Adalberto, informou que a suposta sonegação foi feita na gestão passada. Ele disse ainda que a atual administração tomou providências cabíveis em 2018 junto ao Ministério Público na Comarca da cidade.
Por G1 Grande Minas
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