FORÇA TAREFA APURA MAIS DE 150 CNPJs .
Esquema impressiona envolvidos na apuração do esquema
O Hospital Mário Ribeiro que iria receber o equipamento adquirido na Alemanha
Uma Força Tarefa formada pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita Federal investiga há seis meses a utilização de mais de 150 CNPJs do Grupo Soebras/Funorte de Montes Claros para movimentação de recursos e inclusive compra de equipamentos em outros países. O esquema foi descoberto depois que uma emenda parlamentar foi usada para compra de equipamento hospitalar na Europa, mas o material não pôde entrar no Brasil. Mesmo assim, a prestação de contas foi realizada junto ao Governo Federal, o que chamou a atenção da Receita Federal. Uma testemunha prestará depoimento na manhã de hoje, relatando o caso.
O escândalo denunciado pelos vereadores da oposição, de utilização do CNPJ da Associação de Promoção e Assistência Social (Apas) para comprar equipamentos na Alemanha, destinados ao Hospital das Clínicas da Funorte/Soebras, já estava sendo investigado pela Receita Federal, desde quando o Porto de Santos impediu a liberação dos equipamentos, por falta de esclarecimentos sobre a origem do dinheiro usado na compra dos equipamentos. Como o CNPJ de uma instituição pública foi usado por uma instituição privada é que despertou a atenção da fiscalização.
Na reunião ordinária da Câmara Municipal, o escândalo foi denunciado pelos vereadores Antônio Silveira (PTN), Eduardo Madureira (PT), Wanderley Oliveira (DEM) e Rodrigo Maia (PTN). Eles citaram que a Apas, sempre presidida pela esposa do prefeito de Montes Claros, foi transferida para o Grupo Soebras e levou o nome de Amas-Brasil, aproveitando que tinha a certificação de beneficência, ficando isenta de pagamentos de tributos. Alguns membros dos conselhos fiscais e deliberativos foram ouvidos sobre a investigação e esclareceram o ‘modus operandi’ do grupo.
As suspeitas são de que a recente representação movida pela deputada Raquel Muniz contra o delegado da Polícia Federal, Marcelo Eduardo Freitas, foi uma estratégia para impedir as investigações, afastando o delegado do caso. Porém, toda investigação está concentrada no MPF.
Jornal Gazeta
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