terça-feira, 22 de setembro de 2015

10 sinais de que o profissional da psicologia não é bom


Olá amigos!
O texto abaixo não é de minha autoria. Encontrei o mesmo em espanhol, em uma página dominicana, e o traduzo com a intenção de iniciarmos uma discussão sobre como avaliar o trabalho de um profissional da psicologia. Tanto no site como no facebook, os psicólogos de língua espanhola criticaram o texto – por diversos motivos. Bem, podemos conversar melhor sobre os mesmos nos comentários, que tal?
Importante:
Embora muitas pessoas não consigam distinguir o portador da mensagem da mensagem, eu gostaria de frisar que o texto não é de minha autoria. Como disse, eu, Felipe de Souza, apenas o traduzi. Segundo, o objetivo de publicar o texto foi o de trazer para os estudantes e profissionais da psicologia e para o público em geral a questão: “Como avaliar um bom profissional da psicologia clínica?”
Dito isto, sugiro a você que leia o texto com atenção, mas também leia os comentários. Diversos colegas dispostos a complementar ou criticar o texto de forma lógica deixaram já os seus comentários abaixo.
Nota: se você é estudante ou profissional da psicologia, por favor, seja educado. Dizer que o texto é ridículo ou qualquer coisa do gênero não vai ajudar em nada na discussão – e o seu comentário não será aprovado. Somente aprovarei comentários que contribuam com a discussão. Se você achou o texto fraco, ao invés de fazer uma lista de adjetivos, comente o porquê de ter achado! Como você escreveria um texto melhor sobre o tema? O que ficou faltando? O que está incompleto?
E por fim, é importante deixar claro que todo profissional da psicologia, registrado em seu respectivo Conselho Regional, segue o Código de Ética da Psicologia.

10 sinais de que o profissional da psicologia não é bom

1) Sem ética

Atua com pouca ética. É normal que os psicólogos procurem estabelecer uma relação empática porque este é um dos pilares da terapia, mas ir mais além é uma violação imperdoável do código de ética. Qualquer gesto ou palavra que se mova ao terreno do romântico ou sexual deve ser um sinal de alarme. O mesmo vale para qualquer tipo de violação da confidencialidade (ou sigilo) ou comentários ofensivos, seja dentro ou fora da consulta.

2) Não é especialista no seu problema

Na psicologia existem dezenas de transtornos. É difícil ser um especialista em todos ou manter-se em contato com os avanços de todas as terapias. Um psicólogo que não tenha formação ou experiência no tratamento de determinados problemas pode realizar diagnósticos equivocados e seguir um caminho terapêutico que pode fazer mais mal do que bem. Por isso, antes de começar um processo de psicoterapia, peça as credenciais e pergunte sobre a sua experiência tratando casos semelhantes.

3) As recomendações vão contra suas crenças e valores

Um bom terapeuta deve ser capaz de entrar em sintonia com tuas crenças e valores, embora possa não concordar com eles em sua vida pessoal. Em alguns casos, o profissional poderá te ajudar a sair da sua zona de conforto e questionar certas ideias, mas não pode atacar suas crenças mais profundas de modo a fazê-lo entrar em uma crise existencial. Os objetivos da terapia e o caminho a seguir se negociam com o paciente, não são impostos pelo terapeuta.

4) Não responde às suas perguntas

Como norma, os psicólogos não dão conselhos porque o paciente poderia tomar os conselhos como normas rígidas a serem seguidas. Sua missão é de ajudar cada pessoa a encontrar seu próprio caminho e a  solução que melhor se adapte ao seu caso. Contudo, isto não implica que não possam responder a algumas perguntas e clarificar certas dúvidas. De fato, a orientação também faz parte da terapia. Portanto, em uma consulta de psicologia o paciente não é o único que deve falar.

5) É muito pessoal

Em alguns casos, com o objetivo de gerar certa cumplicidade, o psicólogo pode compartilhar informações pessoais sobre sua vida pessoal, mas isto não deve se transformar em uma norma. Quando um terapeuta fala demasiado sobre si mesmo, corre o risco de que o paciente imite suas soluções pensando que são as mais adequadas.

6) Te julga

Um dos pilares fundamentais de toda psicoterapia é nem julgar nem criticar, mas aceitar o paciente. Contudo, nem todos os terapeutas sabem dominar seus sentimentos e o expressam através de palavras ou pequenos gestos que denotam que não compartilham determinado ponto de vista. Se cada vez que você vai na consulta você se sente julgado e criticado, talvez seja a hora de mudar de psicólogo.

7) Minimiza o problema

Quando uma pessoa frequenta uma consulta psicológica está pedindo ajuda porque considera que o seu problema é importante e não sabe como lidar com ele. Se o terapeuta não é capaz de identificar a magnitude do conflito, o abordará de maneira muito simplista propondo ações que talvez atrapalhem mais que ajudem.

8) Te faz sentir mal depois das sessões

Em uma ou outra sessão, pode ser que você sinta um amargor, talvez porque tenha tocado um tema sensível. Entretanto, se esta sensação se repete e permanece depois de várias sessões, é provável que a terapia não esteja funcionando. O usual é que os profissionais estruturem a sessão de maneira tal que você sinta que está avançando ou tenha a sensação de maior confiança e esperança nas resoluções das dificuldades.

9) É um mal ouvinte

Uma sessão é um encontro que não se deve interromper porque existe o risco de perder a sensação de confiança que havia se criado. Se o terapeuta interrompe as sessões frequentemente, é sinal de que não é muito bom. Outro sinal de alarme é quando não há recordação de pontos importantes do seu caso. Como norma, depois da consulta, o terapeuta deve realizar um relato e trabalhar no caso. Portanto, se não há a lembrança de detalhes relevantes não está fazendo as coisas como deveria.

10) A psicoterapia nunca termina

Às vezes a psicoterapia se estende mais do que o planejado, mas quando um psicólogo tem experiência pode estimar com certa precisão quantas sessões serão necessárias. Se a terapia dura vários anos e se sente que não se pode viver sem o seu psicólogo, é provável que tenha sido criada uma relação de dependência. Mas  o papel do psicólogo consiste em dar as ferramentas para que possa enfrentar as diferentes situações, não em criar uma adição, um “vício” nas consultas.

Conclusão

Como disse, o texto acima não é de minha autoria (Felipe de Souza). Eu apenas o traduzi para que pudéssemos começar uma discussão aqui no Psicologia MSN sobre o tema de como avaliar o trabalho do profissional da psicologia.
O primeiro ponto que podemos criticar é o fato de que ele resume a psicologia à psicologia clínica. Qualquer um que tenha estudado um pouquinho que seja a psicologia, consegue saber que a psicologia tem diversas áreas de atuação. A clínica é apenas uma delas.
Segundo, o texto também se esquece que mesmo dentro da psicologia clínica nós temos abordagens diferentes. Assim, talvez um psicólogo de orientação psicanalítica possa vir a não responder uma pergunta com uma finalidade clínica em vista; enquanto que um psicólogo cognitivista possa ter como objetivo encontrar formas de fazer com que o paciente minimize o seu problema.
Terceiro, o texto não faz distinção entre psicoterapia e terapia (ás vezes pode não ficar claro, mas é uma distinção importante e que também indica o tipo de profissional que está conduzindo o tratamento).
Por outro lado, alguns dos pontos citados são interessantes, tanto para os profissionais como para as pessoas que estão fazendo ou procurando psicoterapia. Embora seja evidente para os estudantes e profissionais a necessidade de seguir o código de ética, já vi, infelizmente, colegas totalmente despreparados nesse sentido, chegando a contar os casos clínicos aos quatro ventos…
Bem, e como você avalia o texto que segundo encontrei, foi escrito por Jennifer Delgado?

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