sábado, 25 de janeiro de 2014

Filho de fazendeiro é ouvido e nega participar do ataque a quilombolas - Ataque aconteceu no municípío de Verdelândia no domingo (19). Inquérito sobre o caso deve ficar pronto em até 30 dias.


Sede da fazenda da Torta, em Verdelândia (Foto: Michelly Oda/G1)
O principal suspeito de comandar o ataque a um grupo de quilombolas no domingo (19) emVerdelândia, no Norte de Minas Gerais, se apresentou nesta sexta-feira (24) à Polícia Civil. Segundo a delegada responsável pelas investigações, Andréa Pochmann, o suspeito João Fábio Dias, de 38 anos, foi ouvido, mas negou que tenha participação no atendado.
Dias é filho do atual proprietário da fazendo onde ocorreu o ataque. “Como ele foi citado por vítimas e testemunhas, ele foi ouvido como o principal suspeito, mas ainda estamos fazendo levantamentos para que possamos concluir o caso”, afirma a delegada.
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Equipe da PM percorreu fazenda nesta segunda (Foto: Michelly Oda/G1)A delegada solicitou a presença de viaturas
policiais na fazenda. (Foto: Michelly Oda/G1).
O conflito de terras no local é antigo e segundo a delegada, a situação ainda é tensa na região. “Recebemos informações de que teriam pessoas rondando a fazenda, mas já solicitamos para o local a presença da Polícia Militar e também viaturas da Polícia Civil”, diz.
Nesta semana, a Sociedade Rural, o Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros eJanaúba emitiram  nota dizendo que abominam “qualquer tipo de violação aos direitos humanos e atos violentos contra o cidadão”.
A nota chama ainda a atenção dos governantes quanto a possível infiltração de “criminosos” em entidades de classes culturais para incitarem a violência no meio rural. Segundo a nota, a apoio financeiro dado a invasores pelo governo pode “influenciar reações impensadas pela pessoa que teve seu terreno invadido e sua propriedade saqueada”.
Quanto aos questionamentos das entidades rurais, a delegada Andréia Pochmann foi taxativa. “Estamos investigando o atendado. Sendo ou não quilombolas, não justifica tal prática criminosa”.
Mas, Andréia Pochmann disse ainda que está apurando junto aos líderes da associação quilombola, os nomes das pessoas cadastradas na comunidade. O inquérito sobre o caso deve ficar pronto em até 30 dias.

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