O prefeito de Januária, Manoel Jorge de Castro (PT), estampa os semanários da cidade neste sábado, com imagem em que figura ao lado da presidente Dilma Rousseff, durante entrega de máquinas do PAC no início da semana, em Contagem. Manoel deu entrevista para um telejornal da TV NBR, o canal oficial do governo, para comemorar, não sem certo exagero, o fato de ter recebido uma pá-carregadeira. Numa sentença: viveu semana de glória, menos por um dealhe. Enquanto o petista se deslumbrava ao lado de dona presidenta, o cenário doméstico não mostrava o mesmo glamour.
A crise na saúde do município de Januária deu um tempo, com a nomeação do provisório secretário Hermógenes Júnior Rodrigues Pedreira há quase dois meses, mas emite sinais de que anda longe do fim. A abertura de comissão parlamentar de inquérito, a sempre temível CPI ou equivalente, parece ser questão de tempo.
Isso após a Câmara de Vereadores ter criado comissão especial, na terça-feira (8), movida pela pressão dos familiares do idoso Santos Ribeiro de Souza, que morreu durante internação no Hospital Municipal de Januária no início deste ano – supostamente por negligência no atendimento. A comissão especial ainda não foi regulamentada, mas foi o que bastou para acalmar a revolta da família.
Há um entendimento entre os vereadores de que a apuração de caso isolado da morte de um paciente atendido pelo sistema municipal de saúde não é atribuição da Câmara Municipal, que se prepara para apurar as deficiências da saúde local do ponto de vista, digamos, mais macro. Noutras palavras: a competência legislativa é para vislumbrar a imensidão da floresta e não a sombra de uma árvore na grave crise que o setor atravessa que, a bem da verdade, não vem de agora, mas de administrações passadas.
O assunto segue em banho-maria, enquanto o presidente da Casa, Ademir Batista de Oliveira, o Ademir Paraguay (PSC), acumula informações que justifiquem a criação da CPI, que precisa ser aprovada por um terço dos 15 vereadores. Segundo o Em Tempo Real apurou, o foco da investigação será o pagamento de valores considerados exorbitantes a alguns médicos – além de pente fino na gestão do ex-secretário Onedes Bruno Lopes de Souza, que deixou o cargo há dois meses, justamente por se indispor com Ademir e sua gente.
Isso após a Câmara de Vereadores ter criado comissão especial, na terça-feira (8), movida pela pressão dos familiares do idoso Santos Ribeiro de Souza, que morreu durante internação no Hospital Municipal de Januária no início deste ano – supostamente por negligência no atendimento. A comissão especial ainda não foi regulamentada, mas foi o que bastou para acalmar a revolta da família.
Há um entendimento entre os vereadores de que a apuração de caso isolado da morte de um paciente atendido pelo sistema municipal de saúde não é atribuição da Câmara Municipal, que se prepara para apurar as deficiências da saúde local do ponto de vista, digamos, mais macro. Noutras palavras: a competência legislativa é para vislumbrar a imensidão da floresta e não a sombra de uma árvore na grave crise que o setor atravessa que, a bem da verdade, não vem de agora, mas de administrações passadas.
O assunto segue em banho-maria, enquanto o presidente da Casa, Ademir Batista de Oliveira, o Ademir Paraguay (PSC), acumula informações que justifiquem a criação da CPI, que precisa ser aprovada por um terço dos 15 vereadores. Segundo o Em Tempo Real apurou, o foco da investigação será o pagamento de valores considerados exorbitantes a alguns médicos – além de pente fino na gestão do ex-secretário Onedes Bruno Lopes de Souza, que deixou o cargo há dois meses, justamente por se indispor com Ademir e sua gente.
A mão de Arlen
Outro objetivo dessa futura CPI pode ser investigação pormenorizada sobre o total dos recursos destinados à Saúde local pelos governos federal e estadual e a forma como o dinheiro tem sido aplicado. É nesse ponto específico que pode sobrar alguma dor de cabeça para Manoel Jorge, que sequer conseguiu estabelecer calendário fixo para pagar o funcionalismo após 15 meses no cargo.
Manoel é aliado do presidente Ademir, mas ainda assim pode ter dificuldades para barrar a abertura da investigação. O petista pode estar prestes a ter que quitar a fatura do apoio que recebeu do deputado estadual Arlen Santiago (PTB) na sua eleição para prefeito em 2012.
Manoel é aliado do presidente Ademir, mas ainda assim pode ter dificuldades para barrar a abertura da investigação. O petista pode estar prestes a ter que quitar a fatura do apoio que recebeu do deputado estadual Arlen Santiago (PTB) na sua eleição para prefeito em 2012.
Não por acaso, Ademir Paraguay cumpre papel estratégico de representar os olhos e ouvidos de Arlen na política januarense. A CPI vai sendo assada em fogo brando e pode ficar ao ponto antes da 'folhinha' descortinar outubro e suas significâncias eleitorais.
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