O senador Blairo Maggi, então governador à época do superfaturamento de R$ 44 milhões
CUIABÁ - O Ministério Público Estadual de Mato Grosso (MP-MT) propôs uma ação civil pública contra o senador Blairo Maggi (PR/MT) por improbidade administrativa. O MP-MT quer responsabilizá-lo pelo superfaturamento na compra de 705 máquinas pesadas para municípios de Mato Grosso em 2009, época em que ele era governador.
Conforme o Ministério Público, a aquisição superfaturada dos 705 equipamentos, como retroescavadeiras e tratores, resultou num prejuízo de R$ 44 milhões para os cofres públicos.
A ação foi proposta cerca de 10 dias após o juiz Julier Sebastião da Silva inocentar o ex-governador em uma ação que corria na esfera federal em razão do mesmo caso. Silva recebeu críticas pela decisão, uma vez que foi um de seus últimos atos antes de abandonar a magistratura e se filiar ao PMDB, partido pelo qual pretende se candidatar ao governo, possivelmente com o apoio do próprio Maggi.
A ação foi proposta no momento em que o senador é cobrado pelos partidos da base do governador Silval Barbosa (PMDB) a se candidatar ao Palácio Paiaguás em outubro. Ele, no entanto, tem dito que não pretende voltar ao comando do Estado.
O grupo político que está no poder desde janeiro de 2003 aposta no senador republicano para manter a hegemonia. Atualmente Maggi lidera todas as pesquisas de intenção de voto. Sem ele na disputa, o senador Pedro Taques (PDT), da oposição, dispara à frente.
A ação pede, em caso de condenação, o ressarcimento dos cofres públicos, além de inelegibilidade do senador. Segundo a revista Forbes, o patrimônio pessoal do republicano é de US 1 bilhão.
Em viagem para os Estados Unidos, Blairo Maggi não se pronunciou.
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