Começou na manhã desta quinta-feira (18), no Fórum de Montes Claros (MG), o julgamento de Laércio Soares de Melo, conhecido como cabo Melo, acusado de matar Francisco dos Santos Filho, o despachante Chiquinho. O acusado chegou ao Fórum Gonçalves Chaves por volta de 08h45, acompanhado do advogado de defesa, e não quis falar com a imprensa.
O julgamento ocorre após 4 anos e 9 meses desde que o despachante Chiquinho desapareceu em Montes Claros. O inquérito concluiu que ele foi assassinado pelo policial, que está preso desde março de 2012, em Belo Horizonte.
O advogado de defesa, Ernesto Queiroz de Freitas, afirma que as acusaões não procedem. "Nem falamos em inocência, a acusação é que não é verdadeira, porque as provas dos autos dizem claramente que houve um desaparecimento voluntário por parte do senhor Francisco", disse.
A familia de Francisco dos Santos Filho espera justiça. "Apesar de não aliviar nada para nós, esperamos justiça, porque a dor é muito grande", disse Laudir Lúcia Rabelo, mãe da vítima.
Segundo a acusação, existem provas contundentes contra o cabo Melo. "Temos provas que a tecnologia nos trouxe, e hoje temos, infelizmente, a certeza que Chiquinho se ausentou desse mundo no dia 30 de dezembro, e vamos provar isso aqui", disse o advogado Hélio Soares Ribeiro.
Entenda o caso
Chiquinho desapareceu no dia 30 de dezembro de 2009, quando teria ido para um sítio, próximo a Lagoinha. De acordo com as investigações, a vítima saiu de casa na companhia do militar.
Chiquinho desapareceu no dia 30 de dezembro de 2009, quando teria ido para um sítio, próximo a Lagoinha. De acordo com as investigações, a vítima saiu de casa na companhia do militar.
O cabo Melo chegou a afirmar que Chiquinho estava vivo, e em janeiro de 2012 afirmou que era amigo pessoal da vítima e tinha certeza que ele iria aparecer até as eleições daquele ano.
Manifestação silenciosa
Na porta do Fórum amigos e familiares se reuniram com faixas e cartazes, com fotos e pedidos de justiça. Um pastor estava presente e todos fizeram uma oração antes de entrar.
Na porta do Fórum amigos e familiares se reuniram com faixas e cartazes, com fotos e pedidos de justiça. Um pastor estava presente e todos fizeram uma oração antes de entrar.
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