Imagem: Isaías Nascimento
As chuvas que caíram em alguns pontos do Norte de Minas no final desta segunda-feira animam o sertanejo, mas ainda são insuficientes para resolver os problemas causados pela longa estiagem que assola a região - considerada a maior dos últimos 60 anos. Aliás, há grande preocupação sobre a capacidade que a economia regional teria suportar mais estação com poucas chuvas.
O Rio São Francisco oferece as imagens mais dramáticas sobre a crise hídrica que ameaça dizimar a economia norte-mineira, com impacto, sobretudo, na atividade agropecuária. O boletim diário do Operador Nacional do Sistema do domingo (21) mostra que o reservatório da barragem de Três Marias está com volume útil de apenas 5,77%.
Mas não é só. A afluência [a água que alimenta o reservatório] está em apenas 60 metros cúbicos por segundo. Já a defluência, a água que a barragem de Três Marias libera para o leito do Rio São Francisco era de 161 metros cúbicos por segundo.
A baixa incidência de chuvas ao longo do Velho Chico tende a agravar o problema. A previsão do ONS é que o nível da barragem pode chegar aos 3% no início do mês de outubro, caso não se inicie a temporada de chuvas na região.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) tem uma previsão ainda mais catastrófica: o nível da represa de Três Marias pode chegar a zero até meados de outubro. O inimaginável está prestes a acontecer: o leito do Rio São Francisco pode secar no trecho que separa as cidades de Três Marias e Pirapora.
O autor dessas linhas, um barranqueiro de origem, não imaginou que iria viver o suficiente para ver o São Francisco secar – ainda que por um breve período e no trecho a jusante da barragem de Três Marias. À medida que se afasta dos limites da barragem, o rio tem suas águas recompostas pela vazão dos afluentes.
Se Três Marias efetivamente secar, ou chegar a um nível em que não se consiga mais calado entre a lâmina d’água e o ponto de alimentação das turbinas, a dúvida é se a geração de energia não ficaria comprometida após o enchimento do reservatório. São cenários, como se disse mais acima, inimagináveis, mas capazes de alertar para iminente desertificação do Norte de Minas caso se insista em ignorar a gravidade dos fatos que aí estão.
O Rio São Francisco oferece as imagens mais dramáticas sobre a crise hídrica que ameaça dizimar a economia norte-mineira, com impacto, sobretudo, na atividade agropecuária. O boletim diário do Operador Nacional do Sistema do domingo (21) mostra que o reservatório da barragem de Três Marias está com volume útil de apenas 5,77%.
Mas não é só. A afluência [a água que alimenta o reservatório] está em apenas 60 metros cúbicos por segundo. Já a defluência, a água que a barragem de Três Marias libera para o leito do Rio São Francisco era de 161 metros cúbicos por segundo.
A baixa incidência de chuvas ao longo do Velho Chico tende a agravar o problema. A previsão do ONS é que o nível da barragem pode chegar aos 3% no início do mês de outubro, caso não se inicie a temporada de chuvas na região.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) tem uma previsão ainda mais catastrófica: o nível da represa de Três Marias pode chegar a zero até meados de outubro. O inimaginável está prestes a acontecer: o leito do Rio São Francisco pode secar no trecho que separa as cidades de Três Marias e Pirapora.
O autor dessas linhas, um barranqueiro de origem, não imaginou que iria viver o suficiente para ver o São Francisco secar – ainda que por um breve período e no trecho a jusante da barragem de Três Marias. À medida que se afasta dos limites da barragem, o rio tem suas águas recompostas pela vazão dos afluentes.
Se Três Marias efetivamente secar, ou chegar a um nível em que não se consiga mais calado entre a lâmina d’água e o ponto de alimentação das turbinas, a dúvida é se a geração de energia não ficaria comprometida após o enchimento do reservatório. São cenários, como se disse mais acima, inimagináveis, mas capazes de alertar para iminente desertificação do Norte de Minas caso se insista em ignorar a gravidade dos fatos que aí estão.
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