A Justiça Federal condenou nesta terça-feira (14) a mais de 8 anos de prisão uma advogada de Sorocaba (SP) envolvida em um esquema de corrupção envolvendo funcionários públicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Ministério Público e a Polícia Federal investigaram a profissional em 2010.
A “Operação Zeppelin”, deflagrada em 2009 pela Polícia Federal, investigou servidores, segurados, advogados e colaboradores, todos da região de Sorocaba e Itu (SP), em um esquema de corrupção que tinha como objetivo agilizar, mediante o recebimento de propina, a concessão de benefícios ou a liberação de altos valores devidos aos beneficiários e adulterar vínculos de trabalho para fins de concessão de aposentadorias.
Acusada de corrupção passiva, a advogada contava com a participação de um técnico do INSS, que morreu há dois anos. Eles faziam parte de uma quadrilha que, segundo a polícia, causou prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos. A investigação começou depois que um homem denunciou ter pago mais de R$ 4 mil aos dois. O dinheiro recebido de propina era dividido entre eles.
Ao todo, a operação deu origem a 338 inquéritos para investigar os crimes de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, estelionato, exploração de prestígio, contra a honra e inserção de dados falsos em sistemas de informações. Atualmente, há muitas condenações e 27 delas que não cabe mais recurso. A advogada foi condenada a 8 anos, 10 meses e 3 dias de prisão, em regime fechado e já cumpre pena na penitenciária feminina de Tupi Paulista.
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