O vereador Gil Mendes de Jesus, o Gil do Conselho Tutelar (PP), virou a ‘Geni’ preferencial entre os seus pares na Câmara Municipal de Manga. O plenário da Casa aprovou, na sexta-feira (17), requerimento de autoria do vereador Evilásio Amaro (PPS) que autoriza a abertura de processo de cassação do colega por suposta quebra de decoro parlamentar. O requerimento, com 30 laudas, foi aprovado por 7 votos a 1, e faz pormenorizado relato do que seriam as transgressões ao regimento interno por Gil Mendes, desde que assumiu o cargo para seu primeiro mandato, em janeiro de 2013. Somente o vereador Hélio Soares de Assis, o Hélio Boquinha (sem partido), votou contra a pedido.
Na petição, Amaro alega ter sido ofendido em sua honra pelo colega Gil Mendes com ‘palavras de baixo calão e calúnias’, durante pronunciamento no plenário da Casa no início do mês de agosto. A lavação de roupa suja entre Amaro e Gil Mendes, ambos da bancada de oposição, foi parar no plenário, quando a Câmara de Manga passou por um dos momentos mais deploráveis da sua longa história.
Na ocasião, Gil Mendes pediu a palavra durante o grande expediente da reunião extraordinária realizada na quarta-feira, 6 de agosto, para fazer um duro pronunciamento contra o colega Amaro, de quem cobrava explicações sobre a autoria de boatos que circularam na cidade, dando conta de que, ele Gil, teria pedido R$ 7 mil para colocar a sua assinatura no requerimento que pede a instalação de CPI para apurar denúncia de que o microempresário manguense Silvano Ferreira de Souza teria sido usado como ‘laranja’ em contratos de prestação de serviço para o município na atual gestão.
Há pouco mais de duas semanas, logo após a sessão ordinária do dia 3 de outubro, Gil Mendes, o pândego, protagonizou duro bate-boca de bastidores com o presidente da Câmara, Leonardo Pinheiro (PSB). A discussão parece ter sido a gota d’água que promete fazer o copo de Mendes entornar. Os vereadores não comentam abertamente o caso, mas o que se comenta nos bastidores é que o vereador Gil Mendes ‘passou da conta’ nas críticas aos colegas. Resumo da ópera: o clima azedou e Gil está no fio da navalha, porque já teria sido advertido pela mesa diretora em algumas ocasiões e, ainda assim, não teria mudado o 'comportamento' inamistoso em relação aos seus pares.
No geral, os colegas reclamam da prepotência de Gil Mendes, que já chegou a se comparar ao ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Gil também é autor de matérias polêmicas, como o projeto que quer instituir quatro reuniões plenárias do Legislativo por mês, em lugar das duas atuais. Outro requerimento dele, ainda em fase de elaboração, vai pedir que o uso do paletó e gravata se torne obrigatório na Casa. Gil comparece devidamente paramentado a todas as sessões da Casa, mas o terno e grava não é unanimidade entre a vereança. A avaliação da vereança é que Mendes faz tudo para aparecer.
Terno novo
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