Um norte-americano, que nunca esteve no Brasil, teve o cartão de crédito utilizado 130 vezes durante uma semana em um restaurante em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Foram gastos R$ 4 mil. Jason Perlow disse por email ao G1 que sabe apenas que a cidade mineira tem cerca de 400 mil habitantes e que o estado tem tradição em produzir cachaça. Ele conta que tem alguns amigos brasileiros e que aprecia a culinária do país.
Jason é editor de tecnologia de um site e diz que usa cartões há mais de 10 anos. Ele tem quatro e os utiliza conforme o tipo de compra, e pensando nos benefícios que pode ter, como por exemplo, a conversão dos gastos em pontos para adquirir passagens aéreas.
Ele diz que não sabe ao certo como teve o cartão clonado, mas suspeita que isso aconteceu depois que ele a esposa fizeram compras pela internet para a reforma da cozinha deles. Jason define o Brasil como “país de grande dimensão territorial e em desenvolvimento”. Para ele, “a mistura de riqueza, classe média em ascensão e pobreza extrema, com a tecnologia emergente, é uma receita para o cibercrime; como ocorre em várias nações semelhantes”.
A empresa do cartão não cobrou as despesas referentes ao restaurante em Montes Claros e vai emitir um novo cartão, com um novo número para Jason. Por isso, ele não acionou as polícias dos Estados Unidos e do Brasil.
Como especialista da área de tecnologia, o norte-americano propõe algumas alternativas para quem optar por fazer compras utilizando os cartões, como limitá-los aos locais (estados ou países) nos quais são de fato utilizados; restringir a quantidade de vezes que o cartão pode ser utilizado para fazer pagamentos a uma mesma pessoa ou estabelecimento; ou até mesmo fazer dois cartões, um para compras mais simples e de menor valor, por exemplo o pagamento de uma conta em um restaurante, e outro para compras de maior valor e de maior complexidade, como as feitas pela internet, de modo que um não possa ser utilizado no lugar do outro.
Altieres Rohr, colunista do G1, explica que as fraudes com cartões de crédito somam R$ 900 milhões por ano no Brasil. Em caso de fraude, com cobrança indevida na fatura, o consumidor deve comunicar o problema ao banco. As instituições financeiras costumam exigir que consumidor envie uma carta, por e-mail ou por fax, relatando o problema ocorrido. Ele ainda coloca em discussão as formas mais seguras de pagamento em caso das compras pela internet.
Segurança do computador: Não use computadores públicos para fazer compras. No seu computador pessoal, proteja-se com atualizações de software, antivírus e com cuidados na navegação on-line. Você precisa proteger o seu PC para resguardar seus dados e sua privacidade, portanto esse cuidado não é exclusivo para compras na web.
Segurança da loja on-line: Isso é difícil de determinar. Esqueça selos de segurança e coisas do gênero. Observe o cadeado de segurança que a loja deve exibir quando você realiza o cadastro e quando digita informações sensíveis, como sua senha ou o número do cartão de crédito.
Confiabilidade da loja: Assim como no mundo fora da internet, o ideal é fazer negócio com quem você conhece e confia. Não adianta querer pular em uma superpromoção quando ela aparece na sua frente se você não conhece a loja. O ideal é realizar compras de baixo valor para conhecer como a loja funciona, saber como ela lida com prazos, com a entrega e com o atendimento pós-venda.
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