terça-feira, 9 de junho de 2020

Mulher morre ao ter pescoço atingido por linha chilena em Montes Claros, MG; ela seguia de moto com o filho na garupa

Mulher passava por avenida quando foi foi ferida por linha chilena — Foto: João Edwar / Inter TV Grande Minas

Segundo o Samu, mulher teve uma lesão profunda no pescoço e morreu no local. Linha chilena é usada ilegalmente para soltar pipa e tem poder de corte para danificar a lataria de um carro.


Uma mulher morreu ao ser ferida por linha chilena na noite de desta segunda-feira (8) em Montes Claros (MG). Ela seguia de moto com o filho de 11 anos na garupa. O menino não teve ferimentos. O Samu chegou a ser acionado para fazer o socorro, mas a vítima não resistiu a uma lesão profunda no pescoço.

Segundo o tenente Márcio Henrique Borges Silva, da Polícia Militar, a linha chilena é usada ilegalmente para soltar pipa e tem poder de corte suficiente para danificar a lataria de um carro.

Uma testemunha disse à PM que viu algumas pessoas soltando pipa no local onde a mulher morreu. Um carro arrastou a linha e a vítima, que estava atrás de moto, foi atingida no pescoço.

“Infelizmente situações como essa são fruto da falta de sensibilidade e da ausência de uma legislação mais incisiva. Se o uso gera algum dano, a punição vai ser com base no dano gerado, que nesse caso, se houvesse prisão, poderia ser homicídio”, explica o tenente, afirmando que a PM realizou apreensões de carreteis com linhas nos últimos dias.

Sobre a legislação, Márcio Henrique complementa dizendo que se pessoa é flagrada portando ou soltando pipa com a linha é feita a apreensão do material e a aplicação de multa. Quando, na verdade, a linha chilena representa um risco muito maior, por isso, a necessidade de regras mais rígidas.

Além da falta de conscientização e de punições mais severas, o tenente destaca há uma dificuldade em se atribuir a culpa a alguém diante de um crime como esse. Segundo ele, em muitos casos as pipas são cortadas e seguem com pedaços da linha sem direção.

"As pessoas sabem que podem gerar um dano, mas insistem em ter essa conduta. Apelamos para a conscientização social, para os pais que sabem que os filhos estão usando esse material, por exemplo. Apesar de que sabemos também que essa conduta não está restrita às crianças. Que essas pessoas pensem no próximo, uma atitude inconsciente acaba de ceifar uma vida. Que se conscientizem dos seus papeis como parte de uma sociedade”, finaliza.


Por Michelly Oda, G1 Grande Minas

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