Parceria entre Senar e Cáritas ensina técnicas para produção da tradicional farinha artesanal em Januária
Um grupo formado por 12 pequenos agricultores participou da oficina Produção de Farinha na Comunidade do Araçá, na região do vale do Rio Peruaçu, em Januária, no início do mês. A iniciativa, que deve ser replicada para outras comunidades, é resultado de parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem (Senar) e a Cáritas Diocesana de Januária com o objetivo declarado de fortalecer o costume da fabricação da farinha da mandioca de forma artesanal, além de trazer novas técnicas de produção.
Durante o curso, os participantes recebem instruções para melhoras as técnicas e preparação adequada do produto, com destaque para cuidados de higienização - o que garante a boa qualidade do produto e sua aceitação no mercado, como forma de garantir renda para as famílias.
Segundo a Cáritas, a produção de farinha é prática secular entre os chamados 'geraizeiros' do Vale do São Francisco – ilustrado no pequeno comércio nos portos dos navios-gaiolas do Velho Chico, quando viajantes e agricultores trocavam as farinhas e rapaduras por açúcar mascavo, tecido e outros gêneros. No norte de Minas Gerais não é difícil encontrar locais onde ainda se mantêm essa tradição. É o caso das casas de farinhas que normalmente são construídas para o uso coletivo dos agricultores familiares por meio das associações ou com a ajuda e doação de todos.
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