O Ministério Público de Minas Gerais denunciou o deputado estadual e candidato a deputado federal Gustavo Perrella (Solidariedade) por improbidade administrativa. O órgão acusa o político de viabilizar um cargo “fantasma” na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para o piloto Rogério Almeida Antunes.
Ainda de acordo com a promotoria, Antunes era responsável por conduzir a aeronave particular do deputado. O piloto foi preso com o helicóptero da empresa do político carregado com 445 quilos de cocaína em novembro de 2013.
Durante depoimento à promotoria, Antunes afirmou que nunca havia comparecido para trabalhar na Assembleia. Apesar disso, segundo o MP, ele recebeu mais de R$ 13.114,87 do Legislativo estadual, entre pagamento de remuneração, plano de saúde, auxílio-transporte, auxílio-refeição, adiantamento de 13º salário e assistência odontológica. De março a dezembro de 2013 ele possuía um cargo de assistente na ALMG, sendo exonerado após a prisão no Espírito Santo.
Em caso de condenação, de acordo com o Ministério Público, a pena pode ser devolução do dinheiro, multa civil, perda de cargo e suspensão dos direitos políticos.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa de Perrella nesta quarta-feira (1º). Na manhã desta quinta-feira (2), a assessoria informou que Antunes trabalhava na Mesa da Assembleia Legislativa, onde deveria prestar seus serviços, não sendo lotado no gabinete do deputado Gustavo Perrella.
Quanto à atividade paralela de piloto, afirmou que ela é compatível com a função pública, tendo em vista que a carga horária semanal na ALMG era de 20 horas, de segundas as sextas-feiras. Ainda segundo a assessoria, Antunes comumente prestava serviço de piloto particular nos fins de semana ou mesmo em dias úteis em horários compatíveis com a atividade pública. Por fim, reiterou que o piloto já admitiu ter dirigido o helicóptero sem o conhecimento do deputado ou da empresa proprietária da aeronave.
Quanto à atividade paralela de piloto, afirmou que ela é compatível com a função pública, tendo em vista que a carga horária semanal na ALMG era de 20 horas, de segundas as sextas-feiras. Ainda segundo a assessoria, Antunes comumente prestava serviço de piloto particular nos fins de semana ou mesmo em dias úteis em horários compatíveis com a atividade pública. Por fim, reiterou que o piloto já admitiu ter dirigido o helicóptero sem o conhecimento do deputado ou da empresa proprietária da aeronave.
A denúncia foi entregue pelo Ministério Público à Justiça e começou a tramitar no dia 30 de setembro. De acordo a assessoria do Fórum de Belo Horizonte, a partir de agora, Perrella será notificado para se manifestar sobre o caso. Ainda não há uma decisão no processo.
Apreensão da aeronave
Quatro pessoas foram presas em 24 de novembro de 2013 durante uma operação da Polícia Federal em Afonso Cláudio, no Espírito Santo, onde o helicóptero da empresa Limeira Agropecuária, de propriedade da família Perrella, foi apreendido com cerca de 445 kg de pasta base de cocaína.
Quatro pessoas foram presas em 24 de novembro de 2013 durante uma operação da Polícia Federal em Afonso Cláudio, no Espírito Santo, onde o helicóptero da empresa Limeira Agropecuária, de propriedade da família Perrella, foi apreendido com cerca de 445 kg de pasta base de cocaína.
O deputado não foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo no processo criminal da apreensão da droga.
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