02 JULHO 2013
Ex-prefeitos de Montes Claros, Pirapora e Janaúba são alvos de nova operação da Polícia Federal
##Warmilon Braga, de Pirapora, está na cadeia
###Tadeu Leite pode estar foragido nos Estados Unidos
###Ex-prefeito de Janaúba Benedito Nunes, de Janaúba, também é investigado e já está na prisão
###Tadeu Leite pode estar foragido nos Estados Unidos
###Ex-prefeito de Janaúba Benedito Nunes, de Janaúba, também é investigado e já está na prisão
Ex-prefeitos de Montes Claros, Pirapora e Janaúba são alvos de nova operação da Polícia Federal
##Warmilon Braga, de Pirapora, está na cadeia
###Tadeu Leite pode estar foragido nos Estados Unidos
###Ex-prefeito de Janaúba Benedito Nunes, de Janaúba, também é investigado e já está na prisão
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Violência invisível faz alusão aos crimes de colarinho branco: Warmilllon Braga e Benedito Nunes estão presos. Tadeu Leite (D), passava férias em Miami e está na mira da Interpol
O mundo político norte-mineiro voltou a ser sacudido com a força de terremoto na manhã desta terça-feira (2). A Polícia Federal realiza desde as primeiras horas da manhã a operação ‘Violência Invisível', que tem objetivo de desarticular algumas quadrilhas que supostamente desviavam recursos públicos de mais de uma centena de cidades dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Pará, Sergipe, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Bahia. Os esquemas envolvem fraudes em processos licitatórios destinados à aquisição de precatórios judiciais. A megaoperação seria uma resposta da Polícia Federal às cobranças pelo fim da corrupção que marcaram as manifestações durante o mês de junho no Brasil.
O ex-prefeito de Pirapora, no Norte de Minas, Warmillon Fonseca Braga (PSB), é dos dos detidos. Ele foi preso em casa na manhã de hoje e e conduzido para a Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros. Candidato declarado a deputado federal nas próximas eleições, Warmillon sofre agora revés que pode tirá-lo da vida pública. Prefeito itinerante na região do norte-mineiro, ele é suspeito de ter desviado dinheiro público das prefeituras onde foi eleito e de ter feito fortona incompatível com os rendimentos em 16 anos de vida pública.
Um dos dos nomes alvo da operação 'Violência Invisível', o ex-prefeito de Montes Claros Luiz Tadeu Leite (PMDB) não foi preso porque estaria em viagem internacional aos Estados Unidos. Tadeu teria comprado um apartamento em Miami, onde passa seu dolce far niente - ue ninguémé de ferro. Um mandado internacional de prisão foi expedido e a Interpol, que já estaria no encalço do ex-prefeito - que desistiu de concorreer à reeleição no ano passado após sua adminstração ter sido envolvida em vários escândalos de suspeita de desvio de verbas públicas.
A Polícia Federal não confirma os nomes dos detidos, mas pelo que se sabe até aqui o ex-prefeito de Janaúba, Benedito Nunes (PT), também está detido em Montes Claros. Há ainda indícios de que o advogado e professor universitário Farley Menezes também teria sido preso or envolvimento no esquema. Em Minas, a operação ‘Violência invisível’ é realizada em parceria com o Ministério Público Estadual (PME) e a suspeita é de que tenham sido desviados cerca R$ 70 milhões em 10 municípios. Outro peixe grande atrás da grades, por enquanto, é o Sebastião Vieira Filho, advogado e ex-procurador da Prefeitura de Montes Claros. Uma coletiva de imprensa foi marcada para às 11h00, quando a PF deve dar mais detalhes da operação e os nomes das pessoas investigadas e as prisões efetuadas.
Mais de 100 policiais estão envolvidos na ação, que realizam buscas nas cidades de mineiras de Águas Vermelhas, Capelinha, Caratinga, Ipatinga, Itambacuri/MG, Janaúba, Montes Claros, Pirapora, Rio Pardo de Minas, Várzea da Palma, Varzelândia, além do Consórcio intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun).
Novo esquema envolve precatórios
A Polícia Federal antecipou que organizações criminosas formadas por empresas fornecedoras de prefeituras e pessoas físicas, contavam com a ajuda de servidores públicos e ex-prefeitos para fraudar licitações nas prefeituras. A fraude, que de tão manjada já vai se tornando cansativa, consistia em direcionar os contratos da administração.
A diferença em relação a esquemas já conhecidos, é que essas empresas tinham o compromisso de fazer a compensação entre precatórios judiciais e as dívidas das prefeituras, sob o argumento de uma economia de até 30% sobre os valores devidos ao INSS, prática proibida expressamente pela lei. Agentes federais e promotores cumprem 53 mandados judiciais de busca e apreensão (20), sequestro de valores, bens móveis e imóveis (21), três mandados de condução coercitiva e nove mandados de prisão temporária.
Rudimar segue na cadeia
O ex-prefeito de Itacarambi Rudimar Barbosa (PMDB), preso durante a operação 'Sertão Veredas', realizada no final do mês de maio, permanece detido na sede da Polícia Federal em Montes Claros. Rudimar foi detido por suspeita de participa de esquema fraudulento comandado pelo empresário Marcos Vinicius Crispim, o Corby, (à direita, na foto ao lado), de Januária. Naquela ocasião, as prisões foram feitas em Montes Claros, São Francisco, Itacarambi, Januária, e Janaúba, no norte-mineiro; além de Vitória da Conquista e Prado, na Bahia; e em Guarapari, no Espírito Santo. As apurações da Polícia Federal apontam um desvio que pode superar a quantia de R$ 5 milhões.
O Ministério Público, que também participou da ação, conseguiu na Justiça autorizações para a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados, bem como a indisponibilidade dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas. Foram presos ainda o ex-secretário de Finanças do município de Itacarambi André Rodrigues Rocha e o ex-procurador da gestão do ex-prefeito de Januária Sílvio Pereira Vandeth Mendes de Jesus. Os dois foram liberados dias depois. O ex-secretário de Finanças da Prefeitura de Itacarambi Nestor Fernandes de Moura Neto, preso naquela operação, continua preso - juntamente com o empresário Corby e o ex-prefeito Rudimar Barbosa. Há ainda outros detidos, mas os nomes não foram divulgados pelo comando da operação (veja aqui).
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