JAÍBA -- Mais de seis mil pessoas que moram no maior projeto de irrigação da América Latina, o Projeto Jaíba, na cidade homônima, aqui na região da Serra Geral de Minas, convivem, paradoxalmente, com a falta de água tratada. Na tentativa de solucionar o problema que se arrasta há anos, foi realizada nesta última quarta-feira, dia 30 uma audiência pública conjunta das Comissões de Segurança Pública e de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em Mocambinho, distrito do município de Jaíba, onde se concentra a maior parte desses produtores.
Durante a reunião foram apresentadas algumas sugestões e firmados alguns compromissos por autoridades e pelos deputados presentes.
O gerente-executivo do Distrito de Irrigação de Jaíba, Marcos Braga Medrado, entregou aos parlamentares um estudo elaborado com todas as diretrizes necessárias para a implantação de uma estação de tratamento de água no local. Ele garantiu que o distrito tem competência para executar as obras e gerenciar o sistema caso seja implantado.
Segundo ele, dos sete núcleos que formam o Projeto Jaíba, cinco não contam com o serviço de água potável. Os moradores têm acesso a uma pequena quantia de água clorada, sem o tratamento devido para o consumo humano, e são forçados a caminharem por quilômetros para se abastecer na sede do município ou nos núcleos que são atendidos.
Os quatro deputados presentes na reunião se comprometeram a pressionar os governos Federal e Estadual para arrecadar recursos e implantar o projeto de Medrado.
Alguns deputados sugeriram visitar a Codevasf, em Brasília, e a presidência da Copasa para pressionar para uma solução imediata. O deputado Tadeu Martins Leite lamentou o fato de pessoas recorrerem à àgua insalubre dos canais de irrigação para matar a sede. “Água é necessidade básica, é vida. Isso é um absurdo”, desabafou.
O engenheiro de obras da Copasa, Cláudio Marques Dias, e o gerente da área de irrigação da Codevasf, Marcos Antônio Egídio, lembraram que o serviço de abastecimento de água só pode ser executado por alguma concessionária escolhida pelo município. A Copasa só tem a concessão da sede do município e, por isso, segundo Cláudio Dias, não pode se responsabilizar pelo problema da área do Projeto Jaíba.
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