O cartorário é acusado de ter contratado os filhos por altos salários durante anos, sem que estes prestassem os devidos serviços
O Ministério Público de Goiás (MPGO) instaurou ação civil pública contra o cartorário Maurício Sampaio e seus três filhos Cejanna Sampaio, Thiago Sampaio e Maurício Filho, por improbidade administrativa.
No início de 2014, um inquérito civil público foi instaurado para apurar supostas irregularidades praticadas por Sampaio e sua filha em relação ao 1° Tabelionato de Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos, Documentos e Protestos.
Na condição de tabelião do referido cartório, ele contratou e pagou salários à Cejanna durante seis anos, sem que ela tivesse de fato trabalhado, pois no período em questão estaria cursando medicina na Unaerp, em Ribeirão Preto (SP), tendo iniciado a graduação em 2008 e concluído em 2013.
Foi apurado que, durante esse período, Cejanna teria recebido ilegalmente mais de R$ 650 mil. Os outros filhos do cartorário, Thiago e Maurício, também foram contratados, porém não compareciam com regularidade ao trabalho. Quando apareciam, não prestavam nenhum tipo de serviço. Entre os anos de 2008 e 2014, cada um teria recebido mais de R$ 700 mil.
Esses fatos caracterizam infração aos princípios da administração pública, além de danos aos cofres públicos e enriquecimento ilícito. Atualmente, Maurício Sampaio encontra-se afastado da direção do cartório devido a ordem expressa do Conselho Nacional da Justiça (CNJ). Além disso, foi requerido liminarmente o bloqueio dos bens no limite dos prejuízos causados e a condenação deles.
A ação é assinada pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional do Patrimônio Público, Rodrigo Bolelli, e os promotores de Justiça com atribuição na área, Villis Marra, Fernando Krebs e Juan Borges de Abreu
Além disso, Maurício Sampaio, ex-dirigente do Atlético Clube Goianiense, também é réu no processo sobre a morte do jornalista e cronista esportivo Valério Luiz de Oliveiro, assassinado em julho de 2012. Ele é apontado como o mandante do crime e e chegou a ficar preso preventivamente.
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