quinta-feira, 22 de maio de 2014

PF apreende promissórias milionárias emitidas por Silval Barbosa e avalizadas por Eder de Moraes, Rombo pode passar de R$ 6 Bilhões


pf22

PF não fala, não dá entrevistas, mas a reportagem apurou que os roubos aos cofres públicos podem passar dos R$ 6 bilhões nos últimos anos


 Um dos principais alvos da “Operação Ararath”, em sua quarta edição, desencadeada pela Polícia Federal (PF) de Mato Grosso, além de alguns advogados e empresários, principalmente banqueiros de fectorings, são o economista Eder de Moraes, o governador  Silval Barbosa e o deputado estadual José Riva (PSD), além do ex-governador Blair Maggi. Entre dinheiro, documentos e anotações, a Policia Federal apreendeu em suas buscas promissórias com cifras milionárias. Contudo, agentes envolvidos nas investigações ironize o valor,  alegando que “são apenas trocos”, perto dos bilhões que ainda estão sendo investigados. 
A reportagem do Portal de Notícias 24 Horas News furou bloqueio do sigilo da PF e trás à tona um dos principais itens que levaram as investigações dentro da “Operação Ararath”, que agora está em sua quinta fase. A sexta-fase pode sair ainda antes das eleições de outubro, e pode levar mais pessoas para a cadeia. E o jogo é pesado. Eder Moraes, que se encontra preso em Brasília (DF)  negociou de uma só vez, duas notas promissórias no valor mais de R$ 3 milhões cada uma, no total de R$ 6,2 milhões com vencimento para agosto de 2011 em uma factoring localizada no bairro Santa Rosa, um bairro de classe média alta de Cuiabá.

Os negócios com uma famosa factoring de Cuiabá, segundo as investigações da PF na “Operação Ararath”, foram realizados entre o governador Silval Barbosa como emitente, tendo como avalista por Eder de Moraes, até então homem forte e de muita confiança dos governos Blairo Maggi, de quem foi secretário de Fazenda e de Silval Barbosa. esse, aliás, seria um dos trunfos usados por Éder para pressionar o governador, cobrando uma vaga no Tribunal de Contas do Estado.

O documento que a reportagem teve acesso, consta como uma das apreensões realizadas pela PF na casa de Eder de Moraes, que a partir de então começou a mandar recados ameaçadores ao governador de Mato Grosso, Silval Barbosa. Ainda na casa do economista,  a Polícia Federal apreendeu uma milionária nota promissória, que também consta como emitente o governador de Mato Grosso, e como avalista o Eder de Moraes. Pasmem, essa nota é de R$ 29,3 milhões e foi trocada na mesma fectoris do bairro Santa Rosa.
No mesmo documento, constam anotações manuscritas com dez itens, oito delas citam nomes de empresas do ramo da construção civil  com valores milionários. Na primeira R$ 3.4 milhões, na segunda R$ 4.3 milhões e na terceira R$ 26.9 milhões.
No mesmo documento consta ainda um documento intitulado “Recibo de venda de um imóvel rural” onde consta o nome da esposa dele (eder de Moraes), com recebimento de uma empresa o valor de R$ 1.5 milhão referente a venda do imóvel com 140 hectares.
Também em uma nota promissória com vencimento em 15 de dezembro de 2012 no valor de R$ 1.2 milhão em nome de uma pessoa – nome da pessoa citado na nota, mas preservado -, com data de emissão em 9 de julho de 2012, cujo verso está endossado e transferido para outra pessoa de nome também preservado.
No mesmo documento também consta uma segunda nota promissória com os mesmos valores, emitida em 9 de julho de 2012 e com vencimento para 15 de dezembro do mesmo ano, pela mesmo pessoa, transferidos também para uma segunda mesma pessoa e endossada, também por Eder de Moraes.

Somando todos os valores de notas promissórias apreendidas na casa de Eder de Moraes, em Cuiabá, a Polícia Federal contabilizou R$ 63 milhões e R$ 956 mil. “Isso é troco”, ironiza uma fonte da PF. 

Ao expedir mais de 50 mandados de buscas e apreensão, cumpridos na terça-feira, 20, o juiz Jefferson Scheneider destacou em sua decisão uma situação muito clara: “A partir do que fora até agora apurado, existem fortes indícios de que o investigado Éder de Moraes Dias, em seu interesse e no interesse de seu grupo político, na época governador do Estado e hoje senador da República, Blairo Borges Maggi, e na época vice-governador e hoje governador do Estado, Silval da Cunha Barbosa, cometeu em coautoria diversos crimes contra a administração pública estadual, com o objetivo de verter recursos públicos”

Agentes garantem que a desmontagem do esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública promete capítulos ‘emocionantes’. Conforme 24 Horas News publicou há algum tempo, a lista que a Policia Federal tem em mãos envolve perto de 60 pessoas. As investigações apontaram que o dinheiro era oriundo de empresas negociadoras de crédito, chamadas de ‘factorings’, algumas delas também eram de fachada.
24Horasnews

Nenhum comentário:

Postar um comentário