A segunda turma do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica do IFNMG, composta por 24 alunos, iniciou suas atividades com uma aula, na última quinta-feira (19/09), ministrada pelas professoras doutoras Mônica Maria Teixeira Amorim, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), e Maria Aparecida Colares Mendes, do IFNMG. Elas falaram sobre o tema “A articulação ente educação profissional e o mundo do trabalho: o desafio dos Institutos Federais”.
Muitas das informações apresentadas durante a palestra e debatidas entre as professoras e os mestrandos são resultados de uma pesquisa de doutorado desenvolvida pela professora Mônica entre os anos de 2011 e 2013, período em que se observou uma grande expansão da Rede Federal. “É muito especial estar aqui falando sobre esse tema, porque nos possibilita compreender a importância que os Institutos Federais têm no Brasil para a formação não só de trabalhadores e trabalhadoras, mas para a formação de profissionais cidadãos. Esse é o grande projeto”, defendeu Mônica.
Para uma das mestrandas, a servidora do IFNMG Geórgia Priscila Santiago Bastos Andrade (foto à direita), que é assistente social no Campus Salinas, a aula inaugural cumpriu com o objetivo de entender esse grande projeto da educação profissional e tecnológica. Para a servidora, as palestras foram excelentes, porque os temas foram tratados de maneira muito fundamentada. “Através da palestra da professora Mônica, pudemos conhecer o processo de criação dos Institutos Federais e refletir sobre o importante papel social dessa instituição para a sociedade. Em seguida, a professora Cida Colares fez uma excelente discussão sobre a definição de trabalho, abordando a diferença entre mundo do trabalho e mercado de trabalho. Através da palestra, ficou evidenciada a importância de uma formação completa, que permite o indivíduo a poder fazer suas próprias escolhas, de forma consciente”, relatou a estudante.
A mestranda Fabrícia Pereira Nascimento não pensa diferente da colega: “A aula inaugural foi enriquecedora, proveitosa e extremamente necessária para demarcar o espaço e fortalecer o reconhecimento do programa. As palestras abordaram a estruturação dos IFs e, consequentemente, como nós, pesquisadores, podemos contribuir para a valorização da educação integral, reflexões necessárias para nossa formação crítica”, destacou.
Licenciada em História pela Unimontes, Fabrícia é uma das 12 estudantes aprovadas no ProfEPT que não compõe o quadro de servidores do IFNMG. Isso porque 50% das vagas são destinadas aos servidores do Instituto. Em âmbito nacional, já que o ProfEPT é um programa ofertado em todos os Estados do Brasil, foram 908 vagas.
Da oferta à transformação
O ProfEPT tem como objetivo proporcionar formação em educação profissional e tecnológica, visando tanto a produção de conhecimento como o desenvolvimento de produtos, por meio da realização de pesquisas que integrem os saberes inerentes ao mundo do trabalho e ao conhecimento sistematizado pertinentes à educação profissional de nível básico ou em espaços não formais. O curso é ofertado em rede por 40 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica de todos os estados brasileiros.
O alcance do programa foi bastante enfatizado pelo coordenador do ProfEPT, Admilson Eustáquio Prates, que detalhou alguns números importantes: “O ProfEPT é um programa que integra os saberes inerentes ao mundo do trabalho e o conhecimento sistematizado e conta, em âmbito nacional, com 422 docentes permanentes e 2.124 mestrandos”. Para o coordenador, esses dados mostram o foco de atuação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que consiste, segundo o professor, em formar estudantes e a promover o seu empoderamento social, cultural e intelectual.
Mas ele faz uma ressalva: “O ProfEPT representa, na verdade, muito mais que o título. O ProfEPT representa o resultado de conquistas coletivas de pessoas que acreditam na educação pública e de qualidade. Por isso penso que fazer educação, só é possível no sentido lato da palavra política, isto é, transformar”, analisa o coordenador.
Acolhida aos novos mestrandos
A aula inaugural, que aconteceu no Campus Montes Claros, serviu, ainda, como um momento de acolhida. Os mestrandos da primeira turma do ProfEPT também fizeram questão de comparecer. O diretor do Departamento de Ensino Superior do Instituto, professor Roberto Marques Silva, também esteve presente e aproveitou para cumprimentar os novos alunos e desejar sucesso. “Cumprimento e desejo sucesso aos mestrandos nessa empreitada. Que vocês demonstrem esforço, dedicação, empenho, mas sem perder a ternura”, disse o diretor.
O diretor-geral do Campus Montes Claros, Renato Cota, também acolheu os novos mestrandos afirmando que o Campus está à disposição dos estudantes. “Sintam-se em casa, pois como instituição de ensino também temos a responsabilidade de cuidar das pessoas, e as pessoas são o que nós temos de mais valioso nesta instituição”, afirmou o diretor.
As aulas do ProfEPT, no IFNMG, acontecem quinzenalmente, quinta e sexta-feira (manhã e tarde) no Campus Montes Claros.
FOTOS
Foto 1 - As professoras Maria Aparecida Colares Mendes, do IFNMG, e Mônica Maria Teixeira Amorim, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), falaram sobre o tema “A articulação ente educação profissional e o mundo do trabalho: o desafio dos Institutos Federais”
Foto 2 - Para uma das mestrandas, a servidora do IFNMG Geórgia Priscila Santiago Bastos Andrade. que é assistente social no Campus Salinas, a aula inaugural cumpriu com o objetivo de entender esse grande projeto da educação profissional e tecnológica
Foto 3 - Professor Marco Aurélio Duarte, o coordenador do ProfEPT no IFNMG, Admilson Eustáquio Prates, o diretor do Departamento de Ensino Superior do Instituto, professor Roberto Marques Silva, e o diretor-geral do Campus Montes Claros, Renato Cota (da esquerda para a direita)
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