terça-feira, 10 de setembro de 2019

PARA DIRETOR DE MEIO AMBIENTE, FALTOU COMUNICAÇÃO À POPULAÇÃO SOBRE O ATO DO CORTE DE ÁRVORES NA PRAÇA RÔMULO SALES DE AZEVEDO, EM JANAÚBA



  • As árvores foram eliminadas para não prejudicar o monitoramento da câmera de vídeo do “olho vivo”
  • Há relato de arrombamento de comércio na praça Rômulo Sales esquina com a rua Belo Horizonte. Detalhe: não haviam e nem tem galhos de árvores atrapalhando esse campo de visão do “olho vivo”: Esse fato não foi neste ano
  • As câmeras ajudam no combate à criminalidade e até auxiliou na prisão de autor de delitos 
  • Entretanto, as árvores não são o único empecilho para a operacionalidade desse monitoramento 
  • A demora na manutenção das câmeras já possibilitou que em alguns pontos do centro o “olho vivo” ficasse dias – e até meses – sem funcionar. O "olho vivo" é administrado pela PM e Prefeitura 
Foto rede social
Praça Rômulo Sales de Azevedo, centro de Janaúba, na manhã de domingo, dia 8 de setembro, durante o ato de supressão (corte) de árvores.

JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – O diretor municipal de Meio Ambiente, Aroldo Roberto Cangussu, atribuiu à falha na comunicação para o que considerada como uma celeuma a reação da população diante do corte de árvores na praça Rômulo Sales de Azevedo, no centro de Janaúba, na manhã de domingo, dia 8 de setembro. As árvores foram eliminadas para não prejudicar o monitoramento da câmera de vídeo do “olho vivo”.
Entretanto, é preciso entender que as árvores não são o único empecilho para a operacionalidade desse monitoramento, em funcionamento desde outubro de 2014. A demora na manutenção das câmeras já possibilitou que em alguns pontos do centro o “olho vivo” ficasse dias – e até meses – sem funcionar (confira AQUI ).
As câmeras ajudam (leia AQUI) no combate à criminalidade e na prisão de autor de delitos (AQUI também). Porém, há relatos de casos em que o “olho vivo” deixou comerciantes no prejuízo, caso de arrombamentos de comércio na praça Rômulo Sales esquina com a rua Belo Horizonte e no início dessa mesma rua. Detalhe: não haviam e nem tem galhos de árvores atrapalhando o campo de visão desses dois locais comerciais que foram “visitados” por ladrões praticamente debaixo do “olho vivo”. Esses fatos não foram neste ano.
Em entrevista ao programa “Jornal da 89”, pela rádio Califórnia 89,1 FM, na manhã desta terça-feira, dia 10 de setembro, o diretor de Meio Ambiente da Prefeitura de Janaúba, Aroldo Cangussu, informou que no dia 27 de junho deste ano o comando do 51º Batalhão da Polícia Militar de Janaúba solicitou a autorização para a poda e/ou supressão (corte) de árvores não somente na praça Rômulo Sales, mas também em mais 30 locais na área central em que estejam obstruindo a plena funcionalidade do “olho vivo”. (veja AQUI )
A permissão foi dada e, de acordo com o diretor, somente nesse fim de semana é que o ato foi iniciado. Calcula-se que a ação de poda e/ou corte afetará em torno de 100 árvores. Ainda na entrevista, Cangussu reconheceu que a atitude no domingo, na praça Rômulo Sales, foi de maneira atabalhoada (atrapalhada, precipitada).
Na colocação do diretor Aroldo Cangussu fica evidenciado o que o site do jornalista Oliveira Júnior (veja AQUI ) publicou no domingo, dia 8: faltou comunicação. “Deveria ter sido feito um programa de aviso para a população e de um esquema de replantio imediato”, disse o dirigente ambiental na rádio Califórnia FM, em entrevista ao jornalista Fernando Lucas e ao comunicador Adilson Silveira, nesta terça-feira. “Mas, isso infelizmente não aconteceu”, acrescentou Aroldo. “Não teve nada de planejamento”, finalizou.
Apesar de ter sido autorizado pela Prefeitura de Janaúba, o diretor atribui o ato de poda e supressão (corte) das árvores diante da demanda da Polícia Militar pela funcionalidade plena do “olho vivo”(veja AQUI ). Na reunião dessa segunda-feira, dia 9, à noite, na Câmara Municipal, os vereadores demonstraram indignação com a eliminação das árvores que davam sombra na praça e questionam o posicionamento do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) nesse caso.

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