terça-feira, 18 de março de 2014

MP diz ter evidências de que ex-prefeito subornou vereadores para evitar impeachment - Empresário Corby, agora na cadeia, participou do esquema que teria custado R$ 310 mil aos cofres do município


Com Blog do Fábio Oliva
O ex-prefeito de São João da Ponte, no Norte de Minas, Fábio Luiz Fernandes Cordeiro, o Fábio Madeiras (PTB), acaba de enriquecer o folclore acional na categoria ‘político corrupto e ainda por cima burro’. O Ministério Público e a Polícia Federal dizem ter evidências de que Madeiras subornou dois terços dos nove vereadores do município para evitar ser cassado pela Câmara Municipal, em março de 2011, no auge de investigações sobre escandaloso esquema de desvio de recursos públicos em São João da Ponte. 
Segundo o Blog do Fábio Oliva, o ex-prefeito é acusado de ter pago R$ 310 mil a seis vereadores para livrá-lo da cassação que, naquela altura, era dada como inevitável. Para reverter o impeachment, Madeira teria pago R$ 50 mil a cinco vereadores e quantia bônus de R$ 60 para o então presidente da Câmara Municipal de São João da Ponte Elmon Antunes Cordeiro (PTB). Os demais suspeitos de venderem seus votos são Abelar Pinto (PSB), Juscilene Fagundes Borges (PTB), Lauzimar Rosa de Lima (PSC), Geraldo Filogônio Ferreira (PTC) e José Geraldo de Lisboa Cordeiro (PTB). Veja o fac-símile dos cheques recebido pela turma nas imagens deste post. Fábio Madeiras e os seis vereadores entraram para a categoria hors-concours dos corruptos-trapalhões, nas pontas ativa e passiva do uso de dinheiro público para corrupção.
Os seis cheques não descontados com as assinaturas dos Madeiras teriam sido descontados pelo agiota Corby, que recebeu a fatura com a emissão de notas por serviços jamais realizados
Essa gente envergonha os 26 mil habitantes de São João da Ponte, um dos municípios mais pobres da região norte de Minas Gerais, pela estupidez com que deixaram seus rastros na negociata que livrou Madeiras da cassação. Os acusados negam o crime com veemência, mas não conseguem explicar porque motivo os seis cheques nominais de 50 e 60 mil reais vieram à luz do sol, mesmo sem terem passado pelo serviço de compensação do banco emissor.
O amadorismo da tramoia surpreendeu os promotores públicos do caso e os agentes federais, que provavelmente deram boas risadas ao dar de cara com os cheques da Prefeitura Municipal de São João da Ponte, emitidos pelo prefeito Fábio Madeiras e nominal para cada vereador envolvido no esquema, no que parece ter sido uma garantia de que teria sucesso caso a cassação do seu mandato fosse a plenário para votação. 

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