O prefeito do Crato, Ronaldo Mattos (PMDB), o secretário de governo Rafael Aureliano Branco, nove vereadores e dois empresários são acusado de improbidade administrativa pelos promotores de Justiça Raimundo José Bezerra Parente e Lucas Felipe Azevedo, do Ministério Público do Estado do Ceará. O grupo é acusado de participar de esquema de compra e venda de votos de vereadores com o objetivo de desaprovar as contas de governo do ex-prefeito Samuel Vilar de Alencar Araripe, ano 2009.
Na ação, os promotores requerem a perda de função, a suspensão dos direitos políticos e a proibição de contratar com o serviço público dos envolvidos. Os vereadores são Pedro Eugênio Maia Moreira, Francisco Hebert Pereira Bezerra, Celso Oliveira Rodrigues, Luciano Saraiva Faustino, Dárcio Luiz de Souza, Antônio Marcos Januário de Souza, Henrique Antônio Brito Leite, Nágila Rolim Gonçalves, José Pedro da Silva. Os empresários envolvidos são Francisco Rivailldon Teles Braga e Francisco Laércio Teles Braga.
Segundo o MP, os vereadores réus são acusados de terem recebido a quantia individual de R$ 50.000,00 do esquema montado pelo prefeito, que ficou conhecido como o “mensalinho do Crato”. Os dois empresários figuram na ação porque são acusados de terem distribuído o dinheiro, inclusive negociando os valores com os vereadores, afirma o órgão.
Compra de votos
Em 2013, o MP recebeu denúncias de que o atual prefeito do Crato teria comprado votos de vereadores, em outubro de 2013. O objetivo era conseguir que as contas do governo referentes ao ano de 2009, da gestão anterior, do ex-prefeito Samuel Araripe, fossem desaprovadas. A prestação de contas de Araripe recebeu parecer favorável do Tribunal de Contas dos Municípios e do Ministério Público.
Em janeiro, cinco vereadores foram afastados da Câmara após decisão da 2ª Vara Cível do Crato, determinada pelo juiz José Flávio Bezerra Morais. Além disso, foi decretada a quebra do sigilo bancário do prefeito do Crato, Ronaldo Mattos (PMDB), e de nove vereadores.
O POVO Online tentou entrar em contato com o prefeito Ronaldo Mattos por telefone celular, mas as ligações não foram atendidas. Na Prefeitura, a informação repassada foi de que o chefe de gabinete do prefeito estava em reunião e não poderia atender até a publicação da matéria.
Redação O POVO Online
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